quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ex-diretora da Anac: Casa Civil favoreceu comprador da Varig


São Paulo - A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que foi pressionada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e Varig ao fundo americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros.

Denise deixou o cargo em agosto de 2007, durante a CPI do Apagão Aéreo, quando chegou a ser responsabilizada pelo caos aéreo e pelo acidente da TAM no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A ex-diretora da Anac afirmou que, como a lei brasileira proíbe que estrangeiros tenham mais de 20% do capital das companhias aéreas, ela queria documentos comprovando a origem de capital e a declaração de renda dos sócios brasileiros.

"A ministra (Dilma) não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil", disse Denise ao jornal.

O escritório do advogado Roberto Teixeira representava os compradores da Varig e VarigLog. O brasileiro Marco Audi, sócio da VargiLog - hoje afastado da gestão, acusado de ser "laranja" -, diz que só foi possível aprovar a compra da empresa pela influência de Teixeira. "Paguei R$ 5 milhões ao Roberto Teixeira para cuidar do caso", disse Audi.

Com a aprovação da compra, o fundo americano e os sócios levaram a Varig por R$ 24 milhões, em leilão, e revenderam à Gol por R$ 320 milhões. Ainda segundo O Estado de São Paulo, Dilma Rousseff e Roberto Teixeira não quiseram se manifestar.

As informações são do Terra

O DIA Online.

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