sábado, 7 de junho de 2008

Polícia prende acusados de matar a tiros PM reformado em Mallet

 Marcelo Gomes - Extra

RIO - Após pouco mais de dois meses de investigações, a Polícia Civil elucidou o assassinato do policial militar reformado José Francisco de Carvalho, na madrugada de 1º de janeiro deste ano, em Mallet, na Zona Oeste do Rio. De acordo com as investigações, a mandante do assassinato do policial foi sua própria mulher, Dilsiara dos Santos de Carvalho, conhecida com Dil. O executor teria sido o namorado de Dil, o segurança José Martins Nogueira Júnior. Os dois estão presos preventivamente e já tiveram pedido de habeas corpus negado.

O policial foi executado com três tiros dentro de casa, na Rua da Inconfidência, em Mallet, por volta das 6h30m. Apesar de estarem separados há cinco anos, Dil e José Francisco de Carvalho moravam no mesmo endereço - ele no primeiro andar; ela, no segundo. O policial foi morto momentos após descer do terraço do imóvel, onde havia organizado uma festa para Dil, que fez aniversário em 31 de dezembro.

- Pouco antes do crime, estive na casa deles para desejar feliz ano novo, mas Dil não deixou que nenhum amigo do Carvalho participasse da festa. Ela estava bastante estranha. Vi o seu namorado entrando e saindo da casa várias vezes durante a festa. Por volta das 6h30m, eu estava no portão da minha casa quando ouvi três tiros - contou Hudson Calazans, vizinho da vítima ( clique aqui e ouça o que mais ele diz do crime ).

Vizinhos da vítima disseram que Júnior, namorado de Dil, também esteve na festa.

- Apesar de saber que Dilsiara tinha um namorado, Carvalho não o conhecia pessoalmente. E nunca permitiu a presença dele na casa. No dia da festa, Júnior esteve no local com a sua irmã. E Dil o apresentou a Carvalho como sendo marido de sua própria irmã - contou José Soares, o Russo, vizinho do casal ( clique aqui e ouça o que mais ele diz sobre o crime ).

Durante as investigações, Dilsiara prestou três depoimentos na 33ª DP (Realengo). Somente no último, ela confessou que Júnior esteve na festa e o acusou de ter executado o crime. Disse ainda que o namorado sempre a perguntava sobre os bens de Carvalho. Já Júnior negou que tenha matado o policial e que fazia perguntas desse tipo a Dil.

Testemunhas acusam Dilsiara

Testemunhas contaram à polícia que Dil e Júnior foram vistos juntos após o crime: ele, deixando o local, ela, jogando o lixo fora. Uma testemunha disse que, uma vez, Dil chegou a dizer "que só teria felicidade se Carvalho morresse, para ela ficar bem com o seu negão (Júnior)".

Dias após o crime, parentes e vizinhos de Carvalho colocaram uma faixa no portão da casa da vítima, com a frase "Saudade eterna do nosso amigo Carvalho".

- Ele era apaixonado por Dil e esperava reatar o casamento. Fazia de tudo para ela e para os dois filhos. Queremos Justiça. Não vamos tê-lo de volta, mas os assassinos têm que pagar pelo que fizeram - desabafou Viviane Garcia, sobrinha do PM ( clique aqui e ouça o que mais ela diz ).

Extra Online

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