Situação de deputado é gravíssima, diz Luiz Paulo Corrêa
Rio - O deputado Álvaro Lins começa a ser ouvido na manhã desta quarta-feira pela corregedoria da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) nas investigações abertas pela Casa para apurar a suposta queda de decoro do parlamentar por envolvimento na Operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal.
O depoimento promete ser longo. O corregedor da Alerj, Luiz Paulo Corrêa (PSDB), disse que a situação de Lins é gravíssima: "O deputado se estruturou na época em que chefiva a Polícia Civil no sentido de cometer muitos ilícitos", afirmou Luiz Paulo. O corregedor já começou a analisar cópia do inquérito da PF sobre o caso.
Segundo Luiz Paulo, o que mais complica a situação de Lins no processo aberto na Alerj é o fato do deputado ter levado para trabalhar em seu gabinete várias pessoas envolvidas em três operações realizadas pela PF nos últimos dois anos (Hurricane, Gladiador e Segurança Pública S/A).
Álvaro Lins foi preso na última quinta-feira acusado de lavagem de dinheiro e quadrilha armada. Segundo a PF, ele seria o chefe operacional de um grupo montado na Polícia Civil, no Rio, na época em que ele chefiava o órgão. O grupo dava cobertura a exploradores de caça-níqueis e cobrava propina de determinados delegados que queriam ir para certas delegacias. Lins foi solto na sexta-feira, por decisão da Alerj. A decisão, considerada polêmica, foi aprovada por 40 deputados.
O DIA Online .
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