segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Projétil que matou menino no Leblon é calibre .45, diz PM

Bala foi retirada da cabeça do garoto no último final de semana.
Hugo Ronca Cavalcanti morreu no sábado (8), após ter sido atingido enquanto jogava bola.
Cláudia Loureiro
G1
Hugo Cavalcanti foi enterrado na tarde de domingo, após ser atingido por uma bala no Leblon (Foto: Álbum de família)

O laudo feito na bala que atingiu o menino Hugo Ronca Cavalcanti que morreu no último sábado (8) no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, mostrou que o projétil é de calibre .45, informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar.

Ele foi atingido na cabeça no início do mês quando jogava bola em um clube no Alto Leblon, Zona Sul do Rio.

Segundo a diretora do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Martha de Souza Pereira, os exames de radiografia e tomografia realizados anteriormente não eram os mais adequados para definir o calibre da bala. No entanto, com o óbito da vítima, o instituto pôde ter acesso ao projétil para analisá-lo.


Martha Pereira informou ainda que, em cima do resultado da balística, serão realizados outros exames que simularão o crime e determinarão a velocidade e de qual direção veio o projétil.

“Sabendo o calibre e as armas que podem ter sido utilizados, faremos um estudo para definir de onde foi feito o disparo. O resultado deverá ficar pronto no mais tardar na quarta-feira (12)”, disse Martha.

O menino Hugo Ronca Cavalcanti foi enterrado na tarde de domingo (9), no cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana.

Especialista diverge

O ex-diretor do ICCE Mauro Ricart, entretanto, disse em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (10) que é praticamente impossível identificar o local exato de onde foi feito o disparo que atingiu o menino.

Ricart explicou que, como Hugo estava em movimento, será muito difícil definir a trajetória exata da bala. “Pode até definir uma possível área, mas a origem exata do disparo é praticamente impossível. A vítima estava jogando futebol, estava em movimentação, o que torna a reconstituição do crime praticamente impossível”, disse.

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