sábado, 1 de dezembro de 2007

CORONEIS BARBONOS - UBIRATAN NÃO CAI


Texto extraído do blog do Jornalista Gustavo de Almeida:



http://gustavodealmeida.blogspot.com/Quinta-feira, 15 de Novembro de 2007








Ubiratan: cada vez mais ao largo da crise
A descontar as escaramuças atuais entre o PT do Rio e o governo Sérgio Cabral - via OAB e Viva Rio vs Operações Policiais - é impressionante a solidez neste momento do comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Ângelo. Não o conheço pessoalmente e, na única vez em que estive com ele, o mesmo foi um tanto rude e até irônico. Mas não liguei muito - não posso ignorar que Ubiratan deve fazer parte de algum projeto maior. Ao mesmo tempo, não há como negar que suas posições afastam a PMERJ tanto do sucesso da operação no Alemão quanto da contestação pública feita por Philip Alston, representante da ONU. Observando mais de perto, vê-se que a Polícia Civil se mobilizou muito mais do que a PMERJ para rebater o observador. Eu acredito se tratar de bullshit tupiniquim, as reações contra o sr. Alston. Coisa de roceiro. Não há nada de "intervenção" ou de "defesa de bandido" na visita de um representante da ONU, a prática é obrigatória para qualquer país que, como o Brasil, deseja entrar há três décadas no Conselho de Segurança da entidade. Alston inclusive defendeu melhores salários e condições de trabalho para as polícias. Só que Alston precisa ouvir todos os lados, e evidentemente, como quem o recepciona são as autoridades brasileiras - principalmente federais - estas não têm interesse em deixá-lo entender todas as questões. Alston, por exemplo, não tem noção da dimensão de um Complexo do Alemão como paiol do tráfico, como difusor de crimes pela cidade, como depósito do tráfico. Alston só foi informado de que "se fazem execuções extra-judiciais" por lá.Ora, "execuções extra-judiciais" são crime em qualquer lugar do mundo, inclusive naquele, o "primeiro", no qual sonhamos entrar e do qual vem o sr. Alston. É claro que o representante da ONU inevitavelmente teria este discurso. Ele repete o que passam para ele. Alston não leu este blog, não sabe que em 10 dias dois soldados da PM tiveram suas casas incendiadas.Ubiratan conseguiu ficar à parte da polêmica de Alston. Alston teve como "anfitrião" o PT. Ubiratan é visto com bons olhos pelo governo federal. Em resumo: a ONU bateu na Polícia, na Polícia Civil, na Secretaria de Segurança mas não se deteve nem em Ubiratan nem na PMERJ.Com habilidade, ele conseguiu mais ainda: sair, com arranhões mas inteiro, do choque público de opiniões com o governador. Ontem *quarta-feira dia 14 de novembro de 2007), no debate
que aconteceu no Colégio Santo Inácio, Ubiratan disse que conversou com o governador e que este teria classificado tudo como um 'probleminha de comunicação'. Pode ser.Fato é que o comandante-geral, apesar de pessoalmente ter manifestado pessimismo a pessoas próximas dele, no início da semana, permanece no cargo. Pelo menos até janeiro. Se depois do dia 15 de janeiro o comandante-geral estiver no cargo, é porque não cai mais.


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