sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Polícia já tem linha de investigação sobre morte de ex-deputado

Polícia já tem linha de investigação sobre morte de ex-deputado

Depois de ouvir três testemunhas, agentes realizaram várias diligências.
Policiais devem fazer operação em Cachoeiras de Macacu.
Aluizio Freire Do G1, no Rio
RJTV 1ª Edição
Rede Globo
Ex-deputado estaria envolvido em briga pela posse de terreno (Foto: Reprodução / TV Globo)

Três testemunhas, que prestaram depoimentos nesta quinta-feira (20) na Delegacia de Homicídios (DH), podem ajudar a elucidar a investigação sobre a morte do ex-deputado e assessor da Secretaria estadual de Governo Ary Brum. Depois de ouvirem as testemunhas, policiais saíram em diligências. Está prevista uma operação em Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas do Rio, onde o ex-parlamentar estaria envolvido em uma briga pela posse de um terreno.

“Estamos fechando uma linha de investigação”, disse um dos investigadores, sem revelar detalhes. Os agentes também devem refazer o trajeto feito por Ary Brum, no dia do crime, para tentar identificar o carro que o estava seguindo. A polícia aguarda ainda imagens das câmeras da Linha Vermelha, na altura da Rua Escobar, em São Cristóvão, Zona Norte, onde Brum foi assassinado com pelo menos 15 tiros na manhã de terça-feira (18).


Os policiais não têm dúvidas de que o crime foi obra de profissionais. “Eles dispararam de dentro do carro, abrindo cerca de dez centímetros do vidro para apoiar o bico do fuzil. Com isso, tiveram o cuidado de não deixar cair cápsulas fora do veículo, evitando pistas”, esclareceu um outro policial. “Os tiros foram precisos”, completou, reforçando a hipótese de que os executores seriam integrantes de um grupo de extermínio.

Foram disparados 26 tiros de fuzil calibre 7,62 mm contra o Santana de Brum, carro oficial em que ele estava sozinho. Nada foi levado.


Ary Brum foi presidente das comissões de Transportes, Política Urbana e habitação, em 97, e de Obras Públicas, em 98. O ex-parlamentar também presidiu a CPI que apurava denúncias de sonegação e evasão de receitas dos impostos estaduais, principalmente o ICMS, em 98. Ainda recebeu o Título de Cidadão Cachoeirense, conferido pela Câmara de Vereadores de Cachoeiras de Macacu, e o Certificado de Amigo da Polícia, da Associação dos Delegados de Polícia.

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