quinta-feira, 18 de março de 2010

Policiais viajam três mil km e prendem assassino da menina Talita

Camilo Coelho

Ceará

Policiais da Delegacia de Itaboraí viajaram exatos 3.104 km para prender o assassino da menina Talita Teixeira da Silva, de 7 anos, que foi morta após ser usada como escudo pela própria mãe. Logo após o crime, ocorrido há um mês e meio em São Gonçalo, Rafael Gabriel Corrêa fugiu para se esconder na chácara da família, em Guaraciaba do Norte, a 299 km de Fortaleza, no Ceará.

Ele foi preso na tarde de ontem por policiais da 71ª DP (Itaboraí), que contaram com a ajuda da Polícia Civil de Fortaleza e de policiais federais do mesmo Estado. Segundo o delegado Luiz Antônio Ferreira, que também está no Nordeste, o assassino da menina não acreditou quando a polícia bateu na porta, pensando que seria um trote. Rafael, que no Rio era garçom, está preso em uma carceragem na Polícia Civil de Fortaleza, esperando apenas a hora de embarcar para o Rio. O vôo chega às 16h no Aeroporto Tom Jobim.

Na última terça-feira, os policiais foram até Cabo Frio, na Região dos Lagos, e prenderam o motorista de ônibus Márcio Mendonça Barcellos Fernandes, de 39 anos. Segundo as investigações, foi Márcio quem dirigiu o carro que levou Rafael até o local do crime. Jhonatas Felippe Castilho da Silva, que também estava no carro, já estava preso.

Logo depois do assassinato, a polícia já tinha colocado atrás das grades Renato Wallace Rodrigues de Oliveira, padrasto de Talita, e Luciana Teixeira da Silva, mãe da menina. Rafael, Renato, Luciana e Jhonatas tinham participado juntos, alguns dias antes, do roubo de R$ 1.700 de um caminhoneiro na Rodovia Niterói-Manilha.

O casal, entretanto, conseguiu na Justiça o direito de responder ao processo em liberdade e está solto.

No dia do crime, Rafael foi na casa de Luciana cobrar a parte dele no assalto. Irritado com a demora para a divisão do dinheiro, ele bateu na porta e apontou a arma para Luciana. Para fugir do disparo, ela usou a própria filha como escudo e conseguiu escapar.

A menina morreu no local do crime, atingida por um disparo na cabeça. Renato, Luciana e Jhonatas foram presos um dia após o assassinato da menina e vão responder pelos crimes de roubo e formação de quadrilha.

Jhonatas, Márcio e Rafael serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e três tentativas de homicídio.

Caso de Polícia - Extra Online

Nenhum comentário: