Marcelo Dias
Viagem mais rápida
A partir de amanhã, quem corta o centro de Niterói de ônibus chegará mais rápido ao trabalho com a inauguração do Corredor Metropolitano. Projetada há 15 anos, a via expressa de 6,5 quilômetros liga a Alameda São Boaventura ao terminal rodoviário vizinho à estação das barcas, na Avenida Feliciano Sodré. A obra, bancada pelo governo estadual, custou R$ 6,9 milhões e atenderá a 250 mil passageiros por dia.
Na Alameda São Boaventura, a faixa esquerda será exclusiva para os ônibus. Na Feliciano Sodre, haverá duas só para os coletivos. Todas separadas por tachões. Para evitar que os automóveis invadam a via, foram instalados 13 aparelhos leitores de placas. Somente ônibus e vans cadastradas pela Nittrans, a empresa municipal responsável pelo planejamento de transportes na cidade, poderão circular nelas.
Sobre o canal
A São Boaventura também ganhou baias sobre o canal que a acompanha. Os topiqueiros, porém, estão proibidos de parar ali, mas usarão o corredor como via expressa. Ao todo, haverá dez estações de embarque e desembarque, que servirão, por hora, a 770 ônibus de 107 linhas intermunicipais e 24 municipais.
As estações são as seguintes: Getulinho, Riodades, Horto, Bairro Chic, João Brasil, Nossa Senhora das Mercês, Ponto Cem Réis, Mercado Municipal, Moinho Atlântico e Rodoviária Roberto Silveira (interestadual).
- As nossas simulações mostram que o passageiro chegará mais rapidamente ao seu destino, com o tempo de viagem caindo cerca de 20 minutos e a velocidade média dos ônibus aumentando de 9km/h para 20km/h - conta a diretora de planejamento da Nittrans, Elisabeth Poubel Grieco.
Onda verde
Um sistema novo de sinais foi instalado para garantir a fluidez do trânsito dos ônibus. A obra também contempla passageiros portadores de deficiência, como sonorizadores para cegos.
- Há avisos sonoros nos sinais e marcas específicas no chão indicando aos cegos onde termina a baia. A sinalização foi modernizada para criarmos uma onda verde para garantir a rapidez do fluxo - diz o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes.
- Essa obra dá outra cara àquela região, que deverá passar por um processo de valorização imobiliária. Além disso, esperamos que, com um transporte público mais eficiente, mais pessoas deixem seus carros em casa - diz o presidente da Nittrans, Sérgio Marcolini.
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