Policial militar foi preso em flagrante por sequestro.
Outro PM é procurado por envolvimento no crime.
Do G1, no Rio
O policial militar e um segundo suspeito presos nesta quinta-feira (18) acusados de sequestrar a irmã de um traficante preso em Catanduvas, no Paraná, teriam pedido R$ 300 mil para libertá-la.
Um segundo PM lotado no 3º BPM (Méier) também está sendo procurado por envolvimento no crime.
Cláudia Guimarães, de 42 anos, irmã do traficante Márcio José Guimarães, o Tchaka, preso em Catanduvas (PR), contou, em depoimento na Divisão Anti-Sequestro (DAS), que foi abordada por três homens que se diziam policiais na manhã de quarta-feira (17).
Presidente da Associação de Moradores da Favela do Rato, no Engenho Novo, subúrbio do Rio, ela teria ficado cerca de 30 horas em poder dos acusados de sequestro até ser libertada, na tarde desta quinta-feira (18).
“Quando eu estava saindo, eles me pararam na porta da associação e perguntaram o meu nome. Quando disse Cláudia, me deram voz de prisão. Em seguida, me jogaram no banco de um Corsa e colocaram um capuz na minha cabeça”, contou. “O tempo todo diziam que iam me matar se minha família não pagasse os R$ 300 mil. Nunca vi esse dinheiro na minha frente.”
Policiais surpreenderam vítima no carro com acusados
Segundo Cláudia, eles permitiram que ela falasse com seu marido para combinar o pagamento do resgate. Ela lembra apenas que, ao ser retirada do carro, foi levada para um cômodo onde permaneceu sentada. Os sequestradores teriam lhe oferecido um copo de água e um sanduíche.
O delegado Marcos Reimão com o material apreendido com os suspeitos (Foto: Aluízio Freire/G1)
Os criminosos a teriam retirado do local e levado novamente para o carro. De acordo com o titular da DAS, delegado Marcos Reimão, logo que foi informado do sequestro sua equipe passou a investigar a movimentação do grupo.
Presos negam as acusações
Os policiais surpreenderam a vítima no carro com dois dos acusados, o 3º sargento do 9º BPM (Rocha Miranda), Daniel Henrique Pedro de Alcântara, 43, e Anderson Donizeth da Costa, 33.
Eles estavam estacionados perto de uma lanchonete na Avenida Dom Hélder Câmara, em Pilares, no subúrbio. Eles não reagiram à prisão e foram autuados por extorsão mediante sequestro.
O terceiro homem, que segundo a polícia é um cabo do 3º BPM (Méier), já estaria no batalhão para ser apresentado pelo comandante da unidade.
“Em casos como esses, temos que agir rápido. Não vamos permitir nenhuma ação de sequestro, não importa quem esteja envolvido. Infelizmente, na corporação policial ainda aparecem esses maus elementos”, afirmou o delegado Marcos Reimão.Os dois presos negaram as acusações.
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