quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Traficantes usam igreja como refúgio em operação policial na Zona Sul

 

 

Polícia cercou favelas para prender traficantes e assaltantes.
Segundo a polícia, quatro pessoas morreram e outras quatro foram presas.

 

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

no Morro Pavão-Pavãozinho e  no Cantagalo, na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (12), um grupo de traficantes tentou se refugiar dentro de uma igreja. No lugar funciona também um escritório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A ação terminou com quatro mortos, quatro presos e dois menores detidos.
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A polícia cercou a favela pela manhã para prender traficantes e assaltantes de turistas. Os agentes também foram checar uma denúncia de que materiais de construção do PAC eram desviados para obras clandestinas.
De acordo com a polícia, os agentes invadiram a igreja onde estavam os criminosos. Houve um intenso tiroteio e três dos quatro homens que morreram durante a incursão foram baleados. O quarto teria sido atingido pela manhã. Durante a ação, os agentes apreenderam fuzis.

Moradores interrompiam preocupados os policiais e questionavam os agentes sobre as pessoas presas dentro da igreja. Minutos depois, funcionários do PAC e da igreja, que tinham se abrigado no segundo andar do prédio, foram liberados.


Policiais feridos

Dois policiais também ficaram feridos por estilhaços de granada. Eles foram atendidos no Hospital Miguel Couto, no Leblon, também na Zona Sul, e liberados. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, um deles foi atingido na perna esquerda e no tórax e o outro, na orelha.

A ação envolveu cerca de 50 agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat).

PAC

Por causa do tiroteio, os operários do PAC tiveram que interromper os trabalhos nas obras. Segundo o governo do estado, eles foram levados para uma escola - Ciep - no alto do morro.

Desde o início do trabalho, em dezembro, é a quinta vez que as obras do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo são paralisadas por causa da violência.

Ampliar Foto Foto: Marcos Dpaula / Agência Estado Foto: Marcos Dpaula / Agência Estado

Obras do PAC foram interrompidas durante operação policial (Foto: Marcos Dpaula / Agência Estado)

Em maio, um homem suspeito de tráfico na favela foi detido com um crachá do PAC. Segundo a polícia, Adauto do Nascimento Gonçalves, conhecido como Pitbull, disse que trabalhava como vigia para a empreiteira que faz as obras. Ele estava em liberdade condicional por tráfico de drogas e teve a prisão temporária decretada.

Em nota oficial, a Secretaria estadual de Segurança Pública informou que existe um planejamento sigiloso que inclui policiamento constante e reforçado após a inauguração dos projetos do PAC.

O chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, disse, no fim da tarde, que a polícia está preparada para dar segurança aos moradores. Ele garantiu que a comunidade vai poder utilizar todas as obras.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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