Marcos Nunes - Extra
Desaparecido desde segunda-feira, o taxista Alexandre Roberto Oliveira Mendes, de 28 anos, pode ter sido assassinado ao lado de Leonardo de Assumpção, o Químico ou Português. Ele teria ido à Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, para fazer uma corrida para o traficante ( mulher de taxista faz apelo às autoridades ).
O crime teria sido cometido na segunda-feira, por homens comandados por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que controla o tráfico na Rocinha. Condenado a dez anos de prisão pelo refino de cocaína na favela, mas em liberdade por força de um salvo conduto da justiça, Leonardo foi responsabilizado por Nem pelo sumiço de R$ 340 mil.
O dinheiro, referente à venda de uma partida de drogas para traficantes da Vila Vintém, teria sido recebido por Leonardo. Português alegou ter sofrido uma extorsão para explicar a perda do pagamento, mas não convenceu Nem. Ele teria sido esquartejado e queimado na localidade conhecida como Cachopa, na parte alta da Rocinha.
Segundo parentes, Alexandre recebeu um telefonema de um homem que se identificou como Léo, por volta das 3h, na segunda-feira. Às 11h do mesmo dia, o taxista foi à Rocinha, para buscar Léo. Ao chegar na favela, o motorista ligou assustado para sua mulher, X., de 30 anos.
- Meu marido disse que estava com medo, mas não explicou o motivo. Ele falou que se não ligasse em uma hora, seria porque havia acontecido algo de grave. Não quero achar culpados pelo que aconteceu. Só quero achar o corpo do Alexandre para dar a ele um enterro digno - revelou X., que tem tatuagens com o nome do marido nos pés.
O Corsa do taxista foi encontrado, na terça-feira, na Rua Cosme Velho, próximo ao Morro Cerro-Corá. A delegada Bárbara Bueno, da 15 DP (Gávea), instaurou inquérito para saber o que aconteceu com o Químico e o taxista.
- Trabalhamos com a hipótese de que houve um duplo homicídio - disse.
2 comentários:
Ele e meu cunhado e estamos todos inconformados,pedimos aos moradores e autoridades que achem o corpo de Alexandre para que a familia possa dar uma sepultura ,ele era um cara trabalhador e dedicado a familia.
Margarete .
Que Deus abencoe a quem ajudar-nos
Nao nos cansaremos de pedir que esse caso seja esclarecido e que devolvam a familia o direito de fazer um sepultamento a ele.
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