quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Morto a tiros no Caju era ex-presidente da Feira de São Cristóvão

 

 

Polícia apura se foi tentativa de assalto, mas família descarta hipótese.
Delegada vai buscar imagens de circuitos internos para esclarecer crime.

Do G1, no Rio

 

 

Marcelino Linhares da Silva, de 45 anos, morto a tiros na noite de terça-feira (11), no Caju, na Zona Portuária do Rio, era ex-presidente do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a popular Feira de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio.

A polícia investiga se ele foi vítima de uma tentativa de assalto. A família, no entanto, não acredita nessa hipótese, já que nada foi roubado.

Marcelino atuava há mais de 30 anos na Feira e, em 2006, se elegeu presidente da Associação de Feirantes. Este ano, no entanto, não conseguiu se reeleger.
“Todos estão muito comovidos. Com certeza vamos fazer alguma homenagem”, disse Paulo Cunha, atual presidente da Feira de São Cristóvão.

Morte pode ter ligação com perseguição policial

Segundo a delegada Suzy Miranda, da 17ª DP (São Cristóvão), a polícia investiga se a morte de Marcelino tem alguma relação com a perseguição policial na Avenida Brasil, também no Caju, na noite da última terça (11), quando policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) trocaram tiros com criminosos na pista sentido Centro.


“Estamos apurando se houve alguma relação ou se foram fatos distintos. Vamos ouvir familiares que estavam com ele no momento do crime para esclarecer o que aconteceu”, explica a delegada.
Uma das hipóteses é de que assaltantes podem ter buscado outro veículo para fugir, após o confronto com a polícia na Avenida Brasil. Segundo a delegada, Marcelino não teria entregado sua Blazer e teria sido morto. O carro, no entanto, não chegou a ser levado.

Vítima levou tiro na cabeça

O crime ocorreu por volta das 21h na Rua Carlos Seidl, próximo à favela Parque Alegria. Segundo a delegada, um dos tiros disparados atingiu Marcelino na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu.
Para esclarecer o crime, a polícia vai buscar ainda imagens de vídeo dos circuitos internos de prédios e postos de gasolina na região, além de realizar uma perícia no carro.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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