terça-feira, 4 de novembro de 2008

Contrato com fornecedora de armas continua, diz Secretaria de Segurança

 

 

Oitenta fuzis foram enviados pelos Correios na sexta-feira (31).
Secretaria argumenta que Bope precisa com urgência do material.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

 

A Secretaria de Segurança Pública vai manter o contrato com a fabricante nacional de armas Imbel - Indústria de Material Bélico do Brasil -, de Minas Gerais, que enviou um lote de 80 fuzis carregadores pelos Correios, na última sexta-feira (31). Segundo a secretaria, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) precisa do equipamento comprado – ainda há 240 fuzis e outras 20 armas de precisão para serem entregues - com urgência.

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De acordo com o contrato feito pela Secretaria, o transporte deveria ser feito por uma empresa particular e com uma escolta armada com três homens.
Os fuzis foram enviados pela Imbel, que é vinculada ao Exército, em 16 pacotes, via Sedex. Não há lei que proíba o transporte de armas pelos Correios, mas uma regulamentação do Exército obriga que cada remessa tenha apenas cinco fuzis, o que foi cumprido.

Segundo carregamento entregue

Este foi o segundo carregamento de uma compra de 400 fuzis e carregadores feitos pelo fabricante. O primeiro lote foi entregue por transporte terrestre com um policial na escolta. O contrato é de R$ 1,9 milhão.
Segundo a secretaria, depois da entrega da primeira remessa, o Bope entrou em contato com o fabricante. Se a Imbel não tivesse como garantir a escolta do material, que avisasse - policiais do Bope fariam o transporte das armas até o Rio.

Imbel reconhece erro

O superintendente da Imbel em Minas, coronel José Renato Brum, reconheceu que errou ao não avisar à Secretaria de Segurança que a carga viria pelos Correios e explicou que não conseguiu contratar a tempo os serviços de uma transportadora.
A assessoria dos Correios informou que segue a portaria do Ministério do Exército que disciplina a remessa de armas. Ou seja, somente fabricantes nacionais podem fazer o envio de armas pelo Sedex para órgãos das Forças Armadas ou instituições cadastradas por elas.

Trajeto perigoso

O meio de transporte utilizado não foi informado pelos Correios. O trajeto pode ter sido pela Rodovia Presidente Dutra, passando por cinco áreas de risco, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal. O trecho mais perigoso dá acesso a quatro favelas – fica entre os bairros Jardim América e Pavuna, no subúrbio Rio.
Se a encomenda tivesse vindo de avião, também teria percorrido áreas perigosas entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha, também subúrbio, e a Central de Distribuição dos Correios.

 

G1 > Edição Rio de Janeiro

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