sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Secretaria de Saúde afirma que pagou cooperativa de médicos

Médicos que faltaram plantão no fim de semana estariam sem receber.

Profissionais devem buscar informações com cooperativa, diz Secretaria.

Do G1, no Rio

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A Secretaria estadual de Saúde afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira (25), que foi realizado o pagamento à cooperativa que contrata médicos para o governo. Mas, de acordo com o Sindicato dos Médicos (SinMed), os cinco médicos que faltaram o plantão de domingo (21) no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, subúrbio do Rio, estavam com salários atrasados e correm o risco de não receber o pagamento relativo a setembro. A Secretaria informou que, se houve atrasos nos salários, os médicos devem buscar esclarecimentos com a cooperativa.

 

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria, o contrato dos médicos com a Cooperativa Internacional de Trabalhos Alternativos (Cita) expirou no dia 31 de agosto.

 

G1 não encontrou até o final da noite desta quinta (25) nenhum responsável pela Cita.

 

Contrato vencido

A Secretaria de Saúde informou que está apurando como os médicos estavam trabalhando com o contrato vencido. O SinMed argumenta que o fato dos médicos trabalharem o mês de setembro sem contrato é um exemplo de desorganização do Estado.

De acordo com a Secretaria, a Inova Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Ensino, Cultura e Saúde passará a ser a responsável pela prestação de serviço na área da Saúde.
 

Polêmica com os médicos

Na segunda-feira (22), o governador Sérgio Cabral criou polêmica com a classe médica, ao chamar os médicos que faltaram o plantão do Hospital Getúlio Vargas, de vagabundos. “Só pode ser vagabundo o médico que não vai trabalhar e não atende a população. Quero ver o Conselho Regional de Medicina denunciando esses safados que não vão trabalhar na emergência do hospital Getulio Vargas”, desabafou o governador. 

A declaração revoltou a clase. Os médicos do Hospital Rocha Faria, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, resolveram protestar na quarta-feira (24), colocando uma faixa em frente ao hospital escrito: "Nós, médicos, temos orgulho de ser o reflexo do nosso governador. Obrigado, Sérgio Cabral." 

Além da faixa, o Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed/RJ) informou que pretende entrar com uma ação contra o governador. Segundo o presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze, Sérgio Cabral será processado por injúria.

 

Governador promete mais médicos nos hospitais

Sérgio Cabral garantiu que a partir dos primeiros dias de outubro, os hospitais, o sistema do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os postos de saúde 24 horas terão mais médicos e enfermeiros, aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros. 

“Estamos mudando o sistema ultrapassado. Com a entrada de médicos e enfermeiros militares, nos próximos dias 6 e 7, vamos acabar com os médicos cooperativados. Vamos denunciar às corporações os profissionais que queiram se omitir de servir a população”, disse o governador. 

 

Ponto eletrônico

Cabral lembrou que no início de seu governo instalou o ponto eletrônico no estado e que os profissionais que faltam são dispensados. No entanto, destacou que o ponto eletrônico no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste, o equipamento foi quebrado. 

“Infelizmente, não há solução imediata para o problema. Mas estamos nos adequando. A solução imediata para este caso é a troca desses médicos, o afastamento deles”, defendeu o governador. 

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