sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mototaxista que morreu no resgate de piloto vira herói da Rocinha

Tiago, de 24 anos, foi arrastado por uma onda quando ajudava bombeiros.

Argentino, que voava pela primeira vez no Rio e caiu no mar, saiu ileso.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV



 

O corpo do mototaxista Tiago Camargo Pereira, de 24 anos, que morreu nesta quarta-feira (24) ao ser arrastado por uma onda nas pedras no Vidigal, entre as praias do Leblon e São Conrado, na Zona Sul do Rio, está sendo periciado no Instituto Médico Legal e  deve ser enterrado na tarde desta quinta-feira (25). A família ainda não tem os R$ 1.200 para o funeral.  

 

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O jovem, que trabalhava por conta própria e sem carteira trabalhista, deixa mulher e filho de três anos em dificuldades financeiras. Os parentes estão tentando arrecadar o dinheiro do enterro na Favela da Rocinha, onde Tiago está sendo considerado um herói. 

Tiago morreu tentando ajudar o resgate de um piloto de parapente, o argentino Alfredo Ignácio Vila, de 42 anos, que se acidentou quando voava pela primeira vez no Rio e caiu no mar.

 

O mototaxista e dois conhecidos ajudavam no trabalho do Corpo de Bombeiros quando foram arrastados por uma forte onda . Ele teria batido com a cabeça na pedra, caiu no mar, chegou a ser retirado com vida da água, mas acabou morrendo no Hospital Miguel Couto. 

José Roberto, tio de Tiago, lembra que sobrinho era conhecido pela sua bondade:

“Ele era muito bom, ele ajudava as pessoas na Rocinha, na comunidade. E era uma pessoa querida por todo mundo lá. Inclusive ele morreu para salvar. Ele era uma pessoa boa , todo mundo gostava dele”. 

 

Imagens mostram resgate no mar

 

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Imagens feitas por um cinegrafista amador (veja no vídeo) mostram o helicóptero de resgate do Grupo Marítimo de Salvamento (GMAR) em ação. Tiago é retirado do mar; em seguida , no puçá de salvamento, são salvos o piloto argentino e um dos rapazes que foram arrastados pela onda. 

Ileso, o piloto Alfredo Vila, que teria cometido um erro no vôo, estava grato aos bombeiros e aos jovens que estavam nas pedras:. 

“É a primeira vez que vôo por aqui. Tive problemas com os ventos nas montanhas gêmeas, que fizeram me jogar no mar”, disse, acrescentando: “Graças a vários amigos brasileiros que se atiraram, e resgataram. E aos homens da emergência do resgate. Dez pontos”, disse Alfredo, antes de saber que Tiago tinha morrido durante o seu resgate.

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