quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Policial baleado durante a operação no Alemão morre em hospital

Policiais participaram da incursão para combater crime organizado.Outros três agentes foram baleados e uma moradora também ficou ferida.

Do G1, no Rio

Um dos quatro policiais feridos na operação no conjunto de favelas do Alemão, na Penha, subúrbio do Rio morreu no final da tarde desta quarta-feira (17). Setecentos e cinqüenta policiais civis e militares participaram da incursão para combater o crime organizado.

Segundo a Secretaria estadual de Saúde, o policial Luís Melo, de 30 anos, da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), foi baleado nas costas e estava internado em estado grave no CTI do hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, subúrbio do Rio.

Três presos
Durante uma coletiva realizada nesta tarde no 16º BPM (Olaria), o subsecretário de Integração Operacional, Roberto Sá, afirmou que três suspeitos foram presos e levados para prestar depoimento na Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae).
Uma moradora ficou ferida e foi encaminhada para cirurgia do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. Elizabeth Dias Pinheiro, de 40 anos, foi baleada no braço e ferida por estilhaços no abdômen. Um rapaz de 18 anos, que também seria morador, foi atingido por um tiro de raspão no braço. Ele foi transferido para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro, onde passava, às 17h, por cirurgia.

Apreensões
Além dos três fuzis antiaéreos (.30) e dois fuzis calibre 12, e dos 20 quilos de cocaína e 30 quilos de maconha, foi apreendido um sistema de monitoramento com câmeras. Mais cedo, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que uma oficina de armeiro também foi encontrada durante a ação. De acordo com o secretário, o local servia para fabricar e consertar armas dos traficantes da região.


Criminosos mortos
Um dos objetivos da operação seria tentar checar denúncias de que pelo menos seis criminosos teriam sido mortos no Alemão, entre eles Antônio José Ferreira, o Tota, o traficante mais procurado do Rio. Mas, como os corpos estão carbonizados, ainda não é possível afirmar que um deles seja mesmo Tota. Beltrame ressaltou, entretanto, que o grande objetivo da ação é o de minimizar o poder do tráfico do Alemão, que tem "capacidade letal e financeira". A localização de Tota, segundo o secretário, nunca foi o objetivo principal da operação. O subsecretário Roberto Sá afirmou que um inquérito será aberto para saber se o homem encontrado carbonizado é o traficante Tota. Sá explica ainda que os traficantes estão muito organizados. "Eles utilizam táticas de guerrilhas, não atiram a esmo e sim para acertar o polícia."

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