sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Turistas reclamam de taxistas que cobram tarifas irregulares no Porto

Motoristas se recusam a cobrar pelo taxímetro, dizem passageiros.
Os taxistas negam a combinação de preços.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

Desordem na porta do Cais do Porto do Rio de Janeiro. Passageiros que desembarcaram de navios nesta sexta-feira (19) no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio, reclamaram que motoristas de táxi se recusam a cobrar pelo taxímetro. Segundo eles, a corrida pode custar até R$ 50 por pessoa. Os taxistas negam a combinação de preços.

Até o início do desembarque não há reclamação. A prioridade é para quem contratou passeio de van ou ônibus de dentro do navio. Somente depois começam a descer os turistas que encerram a viagem no Rio. A partir daí, surgem os problemas: “Eu fiquei perdida procurando minha mala. Depois uma fila imensa”, disse a professora Silvana Ribeiro.

O desembarque começou às 8h desta sexta-feira, e duas horas depois uma grande fila de pessoas esperando por táxi se formou do lado de fora do píer. A maioria dos passageiros mora no Rio e quer voltar para casa.

“Era preciso de um pouco mais de infraestrutura, transporte, essas coisas. Você fica um pouco sem opção e aí os táxis cobram além”, reclamou a professora Carla Araújo.

O comerciante Daniel Cohen precisava de um carro grande, para ele, a mulher e a filha. "Aqui tem que fechar o preço. Até pelo fato de você ter um número maior de bagagem, está com criança, família grande. Não querem rodar no taxímetro”, disse.

Taxistas negam

Os taxistas negaram que estejam cobrando tarifas irregulares aos passageiros. “Aqui a gente cobra no taxímetro. O turista é que quer o carro a disposição. A gente quer cobrar no taxímetro e eles querem o preço fechado”, disse o motorista Alberto Luis.

Uma turista argentina, no entanto, alegou que um taxista cobrou R$ 50 por pessoa para fazer um passeio pela cidade. Fazendo a conta, seriam R$350 para dar uma volta com sete pessoas pelo Maracanã, Lagoa, praias e pelo Cristo, sem subir o Morro do Corcovado.

Os taxistas afirmam fazer boicote depois que tiveram o ponto transferido da área do desembarque para a do embarque, há cerca de cem metros de distância. “A gente fica aqui e deixa o tumulto. Para eles ‘vê’ (sic) aí o que eles causaram. O transtorno que eles causaram aí dentro. Eles querem usar os táxis deles que são especiais e muito mais caros”, reclamou Alberto.

Dificuldades

Enquanto isso, passageiros sofrem com a cobrança de tarifas irregulares. O casal Tânia e Mário enfrentaram essa dificuldade ao chegar de um cruzeiro pelo nordeste no sábado de Carnaval.

“Infelizmente sem estrutura nenhuma para receber. Nós que somos daqui nos sentimos perdidos, imagina um estrangeiro, uma pessoa de outra cidade. Você sem encontrar táxi, sem guarda, sem ninguém para te dar informação. Como você poderia sair de lá? Tivemos que apelar para familiares”, afirmou Tânia.

“Nós ficarmos no sol forte, sem saber o que fazer durante quase três horas. Realmente foi difícil”, completou Mário.

A Subsecretaria municipal de Fiscalização de Transportes informou que está programando operações para combater as cobranças irregulares dos taxistas que atuam no Píer Mauá. Segundo a Subsecretaria, cobrar fora do taxímetro é crime contra a economia popular. E o motoristas infrator pode ter a permissão cassada pela prefeitura.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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