sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fragata com sobreviventes de naufrágio chega ao Rio

Embarcação atracou na Base Naval do Mocanguê.
Expectativa é que uma segunda fragata chegue ainda neste sábado.

Do G1, no Rio

 

Uma fragata com pelo menos 11 sobreviventes do naufrágio de um veleiro canadense chegou à Base Naval do Mocanguê, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, por volta das 10h40 deste sábado (20).

Uma segunda embarcação com mais sobreviventes ainda é esperada neste sábado (20).

O embaixador do Canadá no Brasil, Paul Hunt, está no local para receber os jovens.

Segundo ele, alguns pais dos estudantes que estavam no veleiro estão no Rio para receber os filhos.

Tempestade pode ter causado acidente

A Marinha diz que uma tempestade em alto mar, como as de cinema, pode ter causado o naufrágio do veleiro canadense no litoral do Brasil.

As imagens do site de divulgação do veleiro Concórdia mostram alunos que estudaram no barco escola em anos anteriores. Na viagem atual, 64 pessoas estavam a bordo.

Em setembro do ano passado ele saiu do Canadá com jovens entre 16 e 21 anos de nove países. Passou pelo Reino Unido, Mar Mediterrâneo e África. Cruzou o Atlântico e chegou ao Recife em janeiro. No início de fevereiro, partiu em direção a Montevidéu.

O último contato do veleiro foi feito na quarta-feira (17) à noite, e foi um pedido de socorro. Quase 24 horas depois um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou os botes salva vidas com as 64 pessoas vivas, a quase 560 km da costa brasileira.

Satélite

As fotos feitas por um satélite meteorológico norte-americano mostram as condições na região na quarta à noite, quando aconteceu o naufrágio. Dois fenômenos podem ter piorado o tempo no local onde o Concórdia passava.

Primeiro uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul chegou à região. Ela foi seguida de muito perto pelo que os meteorologistas chamam de sistema de alta pressão.

A frente fria formou as nuvens, o sistema de alta pressão aumentou o vento. As ondas podem ter chegado a três metros de altura. Os ventos fizeram o veleiro virar. Logo depois ele afundou.

“O vento forte normalmente levanta muito o mar. O que nós vemos nos filmes acontecem também na realidade”, afirmou o vice-almirante Gilberto Max, comandante do Primeiro Distrito Naval.

Depois que os aviões encontraram os botes as pessoas foram socorridas por navios cargueiros que passavam pela região.
Na noite de sexta-feira (19) começou o trabalho de transferência da tripulação e dos estudantes para duas embarcações da Marinha Brasileira.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Nenhum comentário: