Orgão diz que estação é ideal para nascimento de bichos peçonhentos.
IVB recebeu 96 cobras do Ibama de Minas Gerais.
Do G1, no Rio
Se tem quem goste do calor ultrapassando os 40 graus quase todo dia no Rio são as cobras, aranhas e escorpiões. Segundo o Instituto Vital Brazil (IVB), no verão aumenta o número dos animais peçonhentos.
A explicação do Instituto Vital Brazil, órgão da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, é de que o verão é a estação ideal para que as serpentes tenham seus filhotes. E, por serem pequenos e em maior número do que os adultos, os filhotes representam um risco extra, pois são mais difíceis de serem notados.
Parte das cobras que o IVB recebeu em janeiro, vindas do Ibama de MG (Foto: Divulgação/IVB)
O IVB explica que as fêmeas, em geral, engravidam no fim do inverno, e os filhotes costumam nascer em épocas de muito calor e alta umidade. Dependendo da espécie, cada animal pode ter até 50 crias, como é o caso da jararacaçu, 16 vezes mais venenoso do que outras serpentes. E, segundo o instiituto, mesmo os filhotes já têm o veneno capaz de provocar danos à saúde.
O veneno
Os sintomas de quem sofre um acidente com serpente variam de acordo com a espécie da cobra. De acordo com Cláudio Machado, biólogo do Vital Brazil, o acidentado pode sentir dor, inchaço ou pode ter hemorragia e até necrose.
“O importante é que, após ser picada, a pessoa procure ajuda médica o mais rápido possível e lave o local com água e sabão. Não se deve fazer, de jeito nenhum, garrotes e cortes no local da picada”, explica Cláudio.
O Instituto Vital Brazil recebeu 96 cobras do Ibama em Minas Gerais na última semana de janeiro. Os filhotes estão expostos no circuito de visitação do instituto. Quem quiser assistir a uma extração pública de veneno das serpentes, pode visitar o Vital Brazil nas sextas-feiras, às 10h. A entrada é gratuita e não é preciso fazer inscrição prévia. .
O Instituto Vital Brazil é um dos 18 laboratórios oficiais brasileiros e um dos três fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos para o Ministério da Saúde, que os distribui por todo o Brasil.
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