quarta-feira, 9 de maio de 2012

Advogado de Carolina Dieckmann não vai acionar Google na Justiça

Rio - O advogado da atriz Carolina Dieckmann, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta quarta-feira que não pretende mais acionar o Google na Justiça. De acordo com ele, a empresa já bloqueou o acesso às fotos da atriz.

“Fui informado de que o Google tirou as fotos durante a madrugada. Não entraremos mais com a ação, já que ficou evidente a boa vontade e a postura responsável da empresa”, afirmou Kakay. O Google Brasil informou que não comenta casos específicos.

'Capitão Nascimento' orientou atriz

Nem a atuação do Capitão Nascimento conseguiu evitar que um maníaco expusesse as fotos nuas da atriz Carolina Dieckmann na Internet. Diante da chantagem, ela chamou Rodrigo Pimentel, comentarista de segurança pública da Rede Globo e ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que inspirou o personagem do filme ‘Tropa de Elite’. Policiais investigam a hipótese de as imagens terem saído de um celular antigo que a artista doou a uma pessoa.

Foto: Divulgação

Rodrigo Pimentel | Foto: Divulgação

A atuação de Pimentel no caso foi revelada nesta terça-feira na coluna Radar on-line, do site da revista Veja. Ele, no entanto, nega que tenha participado diretamente da troca de e-mails malsucedida com o bandido: o objetivo era montar uma armadilha para prender o criminoso em flagrante. Pimentel afirma que indicou um policial e a aconselhou a procurar a polícia oficialmente, dia 26.

O ‘inimigo’ do Capitão Nascimento primeiro tentou extorqui-la em R$ 30 mil. A maioria dos contatos foi por e-mails do servidor hotmail para o escritório do empresário da atriz, Alex Lerner. O criminoso enviou duas fotos como prova. Antes, houve dois telefonemas.

O negociador foi o policial civil Bruno Delia, da Polinter, que informou a ação ao delegado Rafael Willis. Por e-mail, ele convenceu o chantagista a baixar o valor para R$ 10 mil, para ganhar tempo. “Depois, o criminoso não entrou mais em contato. Se tivesse pago, com certeza, ela não pagaria uma vez, mas várias. Não ter cedido foi uma atitude corajosa”, avaliou Pimentel.

Ele conta que ela não quis registrar os crimes para evitar exposição: “Acho que ela ficou com medo de vazar para a imprensa”. “Há um mês, fui informado do caso, mas a atriz não quis registrar. Ficou difícil agir”, afirmou Willis.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Polícia vai pedir a quebra de sigilo telefônico e de dados de informática

A investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) não descarta a hipótese de as fotos de Carolina Dieckmann terem sido retiradas de um telefone celular. A atriz teria dado o aparelho de presente para uma de suas funcionárias.

A atriz prestou depoimeto de mais de quatro horas, mas não soube precisar de onde saíram as imagens. Outra hipótese é que fotos tenham sido copiadas de seu computador pessoal, que está sendo periciado. O laptop da atriz foi levado para conserto em uma assistência técnica: dois funcionários dessa loja já foram ouvidos.

Os investigadores chefiados pelo delegado Gilson Perdigão analisaram ontem pedidos de quebra de sigilo telefônico e de informática que vão ser encaminhados ao Ministério Público. O próximo passo será aguardar a decisão da Justiça.

Fotos sensuais foram feitas para o marido em dezembro

O elo entre a atriz Carolina Dieckmann e o Capitão Nascimento foi o empresário da atriz Alex Lerner. “Conhecia a Carolina, mas falei mesmo com o Lerner. Orientei ele a avisar a Rede Globo sobre o que ocorria, o que foi feito”, contou Rodrigo Pimentel. Lerner, a atriz e o policial Bruno Delia se encontraram em um restaurante em Ipanema.

A extorsão à atriz começou por telefone. Quem atendeu a primeira ligação foi o secretário de Dieckmann e a segunda, Lerner. “No primeiro contato falaram que queriam contratá-la para fotos. Como se tratava de trabalho, o secretário passou para o Alex.

Quando ele atendeu, falaram das fotos, mas ele achou que era brincadeira. Então, recebeu pelo e-mail do escritório as imagens e avisou-a”, contou o advogado da atriz Sergio Riera. As imagens em poses sensuais, com o seio nu ou totalmente sem roupa foram feitas em dezembro para um jogo de sedução com o marido, o diretor de TV Tiago Worcman.

Em janeiro, atriz teve o Twitter (microblog) invadido. “Ela achou que estivesse sendo vítima hacker novamente”, disse Riera.

Marcos Frota: “Carol é meu amor e isso é um lixo”

Marcos Frota, ex-marido de Carolina Dieckmann , com quem tem um filho, Davi, de 13 anos, falou sobre as fotos nuas da atriz que vazaram na internet. “A Carol é meu amor, acima de qualquer coisa construiu uma carreira linda de atriz por ela mesma e a minha opinião sobre isso aí é que é lixo. Perto do que significa a pessoa dela, o caráter dela, a beleza de mãe, de esposa e companheira de trabalho que ela é. Graças a Deus que não ficamos em nenhum momento assustados com absolutamente nada”.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O ator também fez questão de afirmar que isso não abalou a confiança da atriz e nem da família: “a gente não ficou absolutamente nem um pouco preocupado. Tivemos um aniversário do Davi agora e todo mundo estava junto, é uma família que sabe viver em paz, se gostar, se respeitar. E isso é uma conquista nossa, que é o que importa. Daqui uma semana ninguém fala mais nisso.”

"Sinceramente, isso não tem nada a ver. Faz parte do mundo de hoje, da exposição, da internet. Eu nem vi nada. Falei com a Carol e a senti completamente tranquila, na paz e super bem cercada, amparada pelo Tiago (Worcman, marido), pelo empresário, pela assessoria dela, pela Globo. Está tudo na paz. A cabeça dela está ótima. É uma mulher madura. Está tudo certo tanto do ponto vista particular, quanto profissional", finalizou.

Denúncias de crimes na rede crescem 40%

Denúncias de crimes na Internet, envolvendo a divulgação de fotos, vídeos e textos proibidos pela legislação brasileira, aumentaram 40% no mês passado em relação ao mesmo período de 2011. Subiram de 3.310 denúncias, contra 4.632, segundo estatísticas da Safernet Brasil.

Para o especialista em segurança virtual Rodrigo Nejm, vítimas de crimes cibernéticos podem solicitar a retirada de sites do ar. “O problema é que, até conseguir isso, outras pessoas podem ter feito cópias do conteúdo”, diz ele.

Diretor de Prevenção da Safernet, ele afirma que é preciso ter cuidado com o que vai para a rede, que funciona como uma imenso outdoor. “O nosso comportamento na Internet deve ser baseado em uma conduta de muita responsabilidade”, defende Rodrigo Nejm.

O Dia Online

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