sexta-feira, 14 de maio de 2010

TJ mantém prisão de PM acusado de sequestro

Marcelo Gomes

Milícia em Araruama

O PM e vereador de Araruama Sérgio Egger: prisão mantida. - Foto de reprodução

A Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ) manteve nesta quarta-feira a prisão do vereador de Araruama e policial militar Sérgio Roberto Egger de Moura, acusado de sequestro e coação de testemunha.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 1º de março de 2003, Sérgio Egger e outros quatro PMs detiveram Elvis Ribeiro Nogueira e Alexandre Turler da Silva sem flagrante delito e sem mandado judicial. A dupla foi "presa" por volta das 22h, num restaurante às margens do Rodovia RJ 106, em Araruama.

Os dois foram levados, numa patrulha da PM, para local desconhecido e nunca mais apareceram.

Ainda segundo a denúncia, dias após o sequestro, Sérgio Egger ameaçou José Roberto Rodrigues Braga, que testemunhou a "prisão" das vítimas. Na época, tramitava na 118ª DP (Araruama) um inquérito instaurado para apurar o desaparecimento da dupla e Braga havia prestado depoimento como testemunha.

Depois de ter contado a parentes das vítimas o que havia presenciado, Braga chegou a ser perseguido por um automóvel, cujos ocupantes efetuaram disparos de arma de fogo contra ele. Por isso, ele se mudou de Araruama para outro Estado.

Na audiência da Seção Criminal do TJ em que foi mantida a prisão de Sérgio Egger, o subprocurador-geral de Justiça de Atribuição Originária Institucional e Judicial, Antonio José Campos Moreira, fez a sustentação oral pedindo a manutenção da prisão do PM.  O pedido do MP foi acolhido por unanimidade pelos desembargadores.

- A necessidade de manutenção da prisão se dá em virtude da periculosidade do acusado, que não hesitou em ameaçar de morte a testemunha presencial do seqüestro, caso ela prestasse depoimento que o incriminasse - ressaltou o subprocurador.

Moreira destacou ainda que o acusado se vale da condição de policial para ameaçar pessoas e que há informações de que ele chefiaria uma milícia em Araruama.

Caso de Polícia: Extra Online

Nenhum comentário: