quarta-feira, 5 de maio de 2010

PF investiga relação de secretário com contrabando chinês

São Paulo

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, teria ligações com um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, segundo o jornal Estado de S.Paulo. Uma investigação da Polícia Federal teria encontrado várias ligações telefônicas com demandas de Li para Tuma, muitas delas atendidas, o que teria levado a Polícia Federal a propor um inquérito sobre a atuação do secretário para investigar indícios de advocacia administrativa e prevaricação.

Paulo Li foi preso com outras 13 pessoas em setembro de 2009, diante da acusação de comandar uma quadrilha especializada no contrabando de celulares falsificados e importados de forma ilegal da China. Li teria telefonado para Tuma diante dos agentes que efetuaram a prisão e o secretário, dias depois, teria prestado depoimento na Polícia Federal negando conhecimento das atividades ilegais de Li.

O esquema de contrabando movimentaria cerca de R$ 1,2 milhão por mês em São Paulo e no Nordeste. Li teria "trânsito livre" na Secretaria Nacional de Justiça, com liberdade para pedir agilidade no processo de anistia a estrangeiros em situação irregular, enquanto Tuma seria cliente de Li, que o venderia produtos como celulares, videogames e computadores. À reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça negou a investigação sobre o secretário nacional e o pedido de interceptação telefônica.

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