quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A catástrofe: 444 mortos na Serra

Benefícios sociais serão antecipados e governo federal vai liberar R$ 11 bilhões para prevenção

Rio - O número de mortos na Região Serrana ultrapassou 400. Segundo as últimas informações, já são 444 óbitos em decorrência das chuvas que atingem a região desde a noite desta terça-feira.  Foram registrados

201 mortos em Nova Friburgo,

185 em Teresópolis,

39 em Petrópolis e

19 em Sumidouro.

Foto: Divulgação

Em decorrência das fortes chuvas em Teresópolis, o rio subiu rapidamente durante a madrugada, destruindo as casas em sua margem | Foto: Divulgação

De acordo com a Prefeitura de Teresópolis, já foram contabilizados 1200 desabrigados e 1300 desalojados. Entre os bairros mais atingidos estão o Caleme e Campo Grande, na zona urbana. Este último bairro teve destruição de 90% de seu território. Na Posse, a situação também está crítica.

Bonsucesso, na zona rural do município, está com o maior número de mortos (40). Equipes da Defesa Civil estão trabalhando desde às 5h da manhã no resgate de vítimas e no encaminhamento de desabrigados para o Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, mais conhecido como "Pedrão", na Rua Tenente Luiz Meirelles, 211, Centro.

Ainda segundo a prefeitura, na próxima segunda-feira, os prefeitos de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis irão se reunir na sede da Prefeitura de Teresópolis para tratar da criação de um consórcio municipal para a reconstrução e também, captação de recursos para os municípios. A ideia é garantir a agilidade na liberação de verba para as cidades que foram devastadas pelas chuvas.

Presidenta Dilma no Rio

A presidenta Dilma Rousseff, em coletiva, na tarde desta quinta-feira, disse que sobrevoou o Rio de Janeiro e que este é "um momento muito dramático" de "cenas muito fortes" e que o momento de reconstrução vai chegar.

O govenador Sérgio Cabral agradeceu o apoio do governo federal e anunciou a antecipação dos benefícios sociais. Mais cedo, em Nova Friburgo, Dilma, de galochas, viu o comércio fechado, pontos de deslizamento, pessoas nas ruas tentando salvar o que sobrou de suas casas, ambulâncias e muita lama. A presidenta disse, inda, que serão usados R$ 11 bilhões em prevenção.

Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história

Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite de terça-feira a pior catástrofe de sua história e uma das maiores do estado. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro de 2010 em Angra dos Reis e abril, na capital e Niterói.

Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.

Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate.

O DIA ONLINE - RIO

Um comentário:

Eduardo disse...

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