quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobe para 6 número de casos de leptospirose após chuva na serra

Secretaria de Saúde confirma 5 casos em Friburgo e 1 em Teresópolis.
Tragédia provocada pela chuva contabiliza 841 mortos na Serra do RJ.

Do G1 RJ

Aumentou para seis o número de casos de leptospirose na Região Serrana do Rio, após a tragédia provocada pela chuva que contabiliza 841 mortes. A Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio informou, nesta quarta-feira (26), que cinco casos da doença provocada pela urina do rato foram constatados em Nova Friburgo. A cidade de Teresópolis registrou um caso.

A Secretaria não divulgou os nomes dos pacientes e nem informou o estado de saúde deles.

841 mortes

De acordo com as prefeituras das cidades, o número de corpos resgatados chega a 841. Pelos últimos levantamentos dos municípios, ao todo são 401 em Nova Friburgo, 344 em Teresópolis, 67 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Já o Ministério Público informa que ainda há 541 pessoas desaparecidas na Região Serrana.

Exército mapeia Região Serrana

A devastação causada pelas tempestades que atingiram a Região Serrana no último dia 12 foi tão violenta que provocou uma mudança na geografia de toda aquela área. Engenheiros do Exército usaram tecnologia avançada para redesenhar o curso de rios e avaliar o que aconteceu com os morros após os deslizamentos.

O trabalho vai ajudar na identificação dos pontos críticos, para agilizar a solução dos problemas.

“Tiramos mais de 4 mil fotografias, do alto, filmamos. Rios mudaram de curso, ruas viraram tapas de lama, morros parecem que foram cortados com uma faca, e aquela fatia desabando por cima de tudo que tiver na frente. No nosso voo nós não vimos coisas bonitas, vimos destruição. Parece que explodiu uma bomba”, atestou o major do IME Jacy Montenegro.

Especialistas analisam solo em Friburgo

Na sexta-feira (21), um grupo de geotécnicos foi a Nova Friburgo para analisar o solo da cidade. Segundo a prefeitura, os profissionais analisaram as mudanças ocorridas no relevo da região, alterado pela enxurrada que levou para o centro de alguns bairros pedras de mais de 10 toneladas e desviou cursos de córregos e rios.

O mapeamento detalhado de áreas de risco é apontado como um dos maiores desafios para construir um sistema nacional que possa fazer alertas antes de catástrofes naturais.

Segundo o pesquisador Carlos Nobre, responsável pelo projeto desse sitema dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia, é necessário que geólogos visitem esses locais para saber onde há perigo de enchentes e deslizamentos quando houver tempestades.

G1 - Chuvas no RJ

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