terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sérgio Cabral propõe ‘oxigenar’ a PM

Pacote de medidas será enviado semana que vem à Alerj e reduzirá tempo de coronéis na ativa

Paula Sarapu

Rio - O governador Sérgio Cabral confirmou ontem, ao chegar à Sapucaí, que prepara um pacote de medidas para “oxigenar” a Polícia Militar, como informou domingo a coluna ‘Informe do DIA’. Entre as medidas está a redução de seis para quatro anos do tempo máximo de permanência de coronéis ‘full’ — o nível mais alto — na ativa. “É um absurdo o Rio ter, por exemplo, um número de coronéis na ativa mais alto que o de São Paulo”, disse Cabral. As medidas serão enviadas à Assembléia Legislativa (Alerj) no início da próxima semana, na forma de uma mensagem do Executivo.
Nos desfiles de domingo no Sambódromo, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, já havia deixado claro que novas mudanças na área estão por vir: “Temos desde a transição de projetos de melhorias, mudanças significativas, que vamos implantar nas instituições”.
Para ele, não haverá problemas gerados pela exoneração do ex-comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo. “Trabalhamos para que a população tenha tranqüilidade no Carnaval. Não acredito que as mudanças tenham provocado alterações nos planos de segurança do evento.”
ENTERRO DE CADETE
No enterro do cadete da Polícia Militar Alexandre Kodlulovich Dias, 21 anos, assassinado a tiros em Sulacap domingo, Beltrame prestou solidariedade à família. “Sou pai de rapaz de 24 anos e imagino a dor das famílias quando morre um jovem com futuro brilhante pela frente, de forma tão cruel. Mas a polícia carrega o risco e o policial, quando faz a opção, deve considerar isso”, observou.Abraçado à bandeira do Brasil que cobriu o caixão do filho, o coronel do Exército Rogério Rodrigues Dias fez um desabafo emocionado ao comandante-geral da PM, coronel Gilson Pitta: “Meu filho tinha ótima formação educacional e boa condição de vida, mas escolheu ser policial militar e eu tinha muito orgulho disso”. O rapaz foi morto a 1 km da Academia de Polícia D. João VI, quando seguia para casa, em Botafogo, após plantão no Sambódromo.
Pitta, que trabalhou com o pai de Alexandre na área de inteligência na década de 70, esteve no velório em solidariedade ao amigo e voltou ontem ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Cerca de 300 pessoas foram ao enterro. O pai de Alexandre fez um apelo aos colegas do filho: “Ele era apaixonado pela PM e nossa família acredita na instituição”.

Fonte: o dia on line

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