sábado, 23 de fevereiro de 2008

Morre a crítica de TV Maria Helena Dutra

Rio - Morreu nesta quinta, de câncer, aos 70 anos, no Hospital São Carlos, a crítica de TV de O DIA Maria Helena Dutra (foto). Seu corpo será enterrado hoje, às 11h, no cemitério São João Batista, em Botafogo. Jornalista carioca, Maria Helena Braga de Araújo, seu nome verdadeiro, mudou-se para São Paulo na época da criação da revista ‘Veja’, em 1968, onde se tornou a crítica mais temida do País.
Nos anos 70, passou também pela revista ‘IstoÉ’ e voltou ao Rio para trabalhar no ‘Jornal do Brasil’, onde fazia críticas de shows e televisão, comentando os trabalhos dos nomes mais importantes da música brasileira.
Em 1978, ao falar sobre o disco ‘Muito’, de Caetano Veloso, foi chamada de “patrulheira” pelo cantor, entre outros jornalistas. Nessa época, também escreveu para a extinta revista ‘Visão’, de São Paulo, e comandou um programa de variedades na TVE, com quadros de gastronomia, música e teatro. Em 1987, mudou-se para o jornal O DIA, onde começou fazendo críticas de shows e assumiu a de TV, que era de Artur da Távola e foi publicada até a semana passada. Era conhecida pelo texto ácido, sem meias-palavras.
“Maria Helena adorava Gonzaguinha, deu a maior força para a carreira dele. Pode-se dizer que eles se tornaram amigos”, lembra a também crítica musical Diana Aragão. “Ela gostava de samba e era salgueirense doente. Mas era eclética: também gostava de música americana e ópera”, conta. O também jornalista Carlos Lemos, amigo de infância de Maria Helena, relembra com saudade. “Ela era muito rigorosa como crítica, rigorosa consigo mesma, uma pessoa muito firme”, resume.

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