segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Corpo carbonizado é de irmão do PM preso, diz delegado

Policial foi preso por suspeita de chefiar milícia em Guadalupe, no subúrbio.Outra vítima ainda não foi indentificada, por estar totalmente carbonizada.

Patrícia Kappen Do G1, no Rio

Um dos corpos encontrados carbonizados dentro de um carro no domingo (24) na Avenida Brasil, em Coelho Neto, no subúrbio do Rio, foi identificado pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (25) como Marcelo Gregório Silveira da Silva, de 36 anos. Segundo o delegado que investiga o crime, Ricardo Teixeira (40ª DP), Marcelo é irmão de um dos policiais militares presos na sexta (22), pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), acusados de chefiar uma milícia - paramilitares que cobram por suposta segurança - na favela da Palmeirinha, em Guadalupe, também no subúrbio.
Marcelo foi enterrado ainda nesta tarde, no cemitério de Irajá, também no subúrbio. O delegado informou que o irmão da vítima preso, Marcos Gregório da Silva, compareceu ao sepultamento, um direito previsto na lei.

“Nós vamos investigar quem cometeu o crime, mas temos informações de que seriam traficantes que foram expulsos pela milícia em 2006 e agora, que alguns dos que seriam chefes (da milícia) foram presos, querem voltar a controlar o local”, informou o delegado.Marcelo trabalhava como garçom e seria morador da favela Jorge Turco, local distante da Palmeirinha. O delegado suspeita que ele estava na área para ver a namorada, que seria moradora da comunidade.

Outra vítima não foi identificada
A outra vítima que também foi encontrada no carro não pôde ser identificada. “O corpo dela estava totalmente carbonizado e estamos investigando se a vítima seria Josefa Helena do Nascimento, que desapareceu junto com Marcelo. Estamos procurando a irmã dela para que possamos comparar em exame de DNA, mas ela saiu da comunidade e não conseguimos encontrá-la”, disse Ricardo, que também informou que o clima na comunidade nesta segunda é de medo.

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