quarta-feira, 4 de abril de 2012

Grupo CCR anuncia assinatura de acordo para comprar 80% da Barcas S.A.

POR João Antonio Barros

Rio - A Barcas S/A, responsável pelo transporte de passageiros por embarcações na travessia entre Rio e Niterói, tem novo dono. O Grupo CCR assinou ontem o compromisso de compra de 80% das ações da empresa por R$ 72 milhões. O novo presidente, Márcio Roberto de Moraes e Silva, assume com a promessa de melhorias no serviço a seus 105 mil passageiros por dia. As principais: aumentar o número de embarcações na hora do rush e melhorar o conforto dos terminais da Praça 15 e Niterói.

“A CCR vai melhorar o serviço o mais rápido possível. O passageiro pode confiar. Ela não entraria neste negócio se não tivesse esta certeza”, garantiu Márcio Roberto, também presidente da Ponte S/A e da Via Lagos. A CCR só assume de fato a empresa em 60 dias. É o tempo para aprovação da Agetransp, governo do estado e credores — a Barcas S/A tem dívidas de R$ 89 milhões.

Estudantes e passageiros voltaram a protestar na estação de Arariboia, em Niterói | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Estudantes e passageiros protestaram diversas vezes na estação de Arariboia, em Niterói | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Os maiores problemas das barcas estão na hora do rush, quando dobra o número de passageiros. “É preciso colocar mais embarcações no horário de pico. Durante a outra parte do dia, o serviço é razoável”, adianta ele, que espera resolver o problema com a chegada de novas embarcações, duas que a empresa alugará no exterior de forma emergencial e nove que o governo do Rio prometeu comprar para reforçar o sistema.

A Barcas S/A foi privatizada em 1998 e sempre enfrentou problemas de investimentos. Tem seis linhas, mas apenas a Praça 15-Niterói é considerada rentável. Nada que tire o sono dos novos controladores. Márcio Roberto espera, num segundo passo, encontrar mais fontes de recursos, como a criação de novos trechos e terminais.

A CCR administra, além da Ponte e a Via Lagos, a Via Dutra e parte do Metrô de São Paulo. “Entramos num novo modal, mas a experiência em concessões nos garante bom conhecimento sobre as necessidades das barcas”. Os 20% restantes continuam do Grupo JCA, que é da Viação 1001.

O Dia Online

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