sábado, 13 de dezembro de 2008

Justiça decreta indisponibilidade de bens de casal Garotinho

 

Segundo ação, os dois participariam de esquema de corrupção.
Para casal Garotinho, bloqueio dos bens deve ser revertido.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

A 6a Vara de Fazenda Pública decretou a indisponibilidade de bens de 28 pessoas, incluindo os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, suspeitas de participar do desvio de verba na área da saúde do estado.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o esquema teria desviado R$ 23 milhões do projeto “Saúde em movimento – Racionalização da rede estadual de saúde”, para contas particulares e uma conta do PMDB, partido do casal Garotinho.

De acordo com o MP, o objetivo seria financiar a campanha presidencial de Anthony Garotinho em 2006.

O episódio teria ocorrido durante a administração de Rosinha, segundo os procuradores. O ex-secretario de Saúde do estado, Gilson Cantarino, também foi citado na ação do MP.
Os procuradores dizem ter obtido provas de que empresas eram contratadas sem licitação pelo governo do estado.

Na ação civil pública por improbidade administrativa, os promotores pedem bloqueio de bens dos envolvidos, entre outras medidas, que podem resultar na perda dos direitos políticos. A ação foi encaminhada à Justiça, que pediu parecer à Procuradoria Geral do estado, que está analisando o caso.

Outro lado

A assessoria do casal Garotinho disse que o bloqueio dos bens deve ser revertido. Tanto Garotinho como Rosinha afirmam que a acusação do Ministério Público é totalmente improcedente.

Na última quarta-feira (10),  quando o MP os denunciou, o casal havia dito que, durante o processo criminal da Operação Pecado Capital, a Justiça já havia determinado o bloqueio de seus bens e, logo em seguida, desbloqueou.

Além disso, declararam que consideram o pedido da ação como uma “politização do Ministério Público”.
O advogado do ex-secretário de Saúde Gilson Cantarino, Iuri Sahione, declarou na quarta-feira que “o Ministério Público está agindo mais uma vez com excesso”, já que os fatos levantados pela operação “estão sendo apreciados em outras ações, tanto na esfera cível quanto na criminal”.

O advogado ressaltou que Cantarino nunca participou de esquema contra a administração em mais de três décadas de vida pública e que tem certeza de que seu cliente será absolvido.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Nenhum comentário: