quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Criança de 2 anos morreu com queda acidental, acredita delegado

Em depoimento, babá confessou que menina caiu de uma altura de 50 cm.
Revoltados com a morte, moradores incendiaram residência da babá.

Do G1, no Rio

O delegado titular da 54ª DP (Belford Roxo), José Mário Omena, afirmou na tarde desta quarta-feira (3) que as investigações sobre o caso da babá suspeita de envolvimento na morte de uma criança de 2 anos estão chegando ao fim. Segundo ele, o laudo do Instituto Médico-Legal está condizente com o depoimento da suspeita, que afirma que a morte foi um acidente.

De acordo com o delegado, a babá afirmou em novo depoimento nesta terça-feira (2), que a criança escorregou de sua mão durante o banho, caindo de uma altura de 50 centímetros.

“O laudo do IML aponta ação contundente, com equimose no cristal ilíaco à direita. Ou seja, essa região é próxima ao quadril. É pouco provável que alguém mate uma pessoa dando socos no quadril”, argumentou o delegado.



Investigações continuam

Omena a firmou ainda que para haver uma conclusão do caso, um perito legista terá que ser consultado para detalhar os motivos da morte da menina. Segundo ele, isso deve acontecer nesta sexta-feira (5).

O delegado também afirmou que a babá poderá responder no máximo por homicídio culposo. Indícios sugerem que não houve o crime de agressão, explicou o delegado, já que no laudo não está explícito uma lesão típica de espancamento.



Pai já havia relatado versão ao delegado

O pai da criança disse, em depoimento na segunda-feira (1º), que a babá teria confessado para o marido ter deixado a criança cair. Após ter escutado a nova versão da história, o marido teria relatado ao pai da vítima.



Segundo a polícia, o atestado de óbito indica que a causa da morte foi hemorragia interna com ruptura hepática, com ação contundente. A babá chegou a levar a criança a um posto médico, mas a menina já teria chegado ao local morta.



A criança foi enterrada na manhã de domingo (30), no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.



No primeiro depoimento, babá afirma que o dia tinha sido normal

De acordo com o delegado, a babá, ouvida pela primeira vez na sexta-feira (28), teria contado à polícia que o dia transcorrera normalmente, exceto pela criança não ter comido nada. A babá disse ter notado que a menina havia vomitado. Ela então a limpou e a levou para a casa dos pais da menina, onde teria feito um mingau.



A família tem ainda mais dois filhos, que ficavam com outra vizinha. Já a babá, suspeita do crime, tem um filho de 10 anos.

Ainda de acordo com o primeiro depoimento prestado pela babá, a criança estava roxa e gelada, mas não possuía hematomas. Ela decidiu então pedir ajuda a dois vizinhos que resolveram levá-la ao hospital (Unidade Mista do Lote XV).

O médico constatou a morte da criança e chamou um policial militar para que ele comunicasse à delegacia a remoção do cadáver.



Moradores incendeiam casa da babá

Revoltados, moradores incendiaram parte da casa onde a suspeita mora, também em Belford Roxo. A delegacia que investiga o caso informou que deve chamar a babá para esclarecimentos. De acordo com o delegado, nenhuma hipótese pode ser descartada. Omena informou que como não há testemunhas, precisará de provas técnicas para avaliar o caso.

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