sábado, 1 de dezembro de 2012

Menor rouba carro e morre em troca de tiros com PMs

Rio -  Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) apreenderam J.S.S.N, de 15 anos, e M.V.C.S, 16 anos, que roubaram um Peugeot 306 Break, cor azul, placa KOJ 2645, na Rua Coronel Soares, em Irajá, por volta das 08h30 da manhã deste sábado. Na troca de tiros com a polícia, o menor, ainda não identificado, conhecido como Paulinho, que teria 16 anos, foi morto com tiros no tórax.

De acordo com os PMs, a peseguição começou na Estrada do Barro Vermelho e terminou na Praça Oito de Maio, em Rocha Miranda, após os acusados terem batido com o Peugeot em um VW Spacefox, preto, KOP 3062, do despachante aduaneiro Luiz Felipe de Souza Rocha, 36 anos, e este bateu no GM Zafira, prata, placa KYH 2912, do comerciante Chen Shijun, 39 anos.

Eles contaram que o menor morto portava uma pistola 9 mm que teria sido descarregada com os disparos em direção à viatura policial. Em depoimento, os jovens disseram que saíram de um pagode na Associação de Rocha Miranda e, ao avistarem a vítima, resolveram roubá-la.

Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia

Menor morreu em troca de tiros com PMs | Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia

A vítima de roubo, Leisson Rangel Azeredo, 45 anos, contou que estava voltando do 9º BPM com R$ 600 recebidos por um serviço de pintura automotiva que ele teria prestado a um amigo, o sargento Washington, e estava estacionando o carro em casa quando viu os suspeitos e, ao sair da garagem para fechar o carro, foi abordado pelos três jovens.

"O tal Paulinho veio com a pistola apontando para mim, querendo me levar junto com o carro. Depois de muita negociação, o convenci a levar só o veículo. O outro menor M.V.C.S ficou o tempo todo dizendo para ele me matar, mas após me levarem para trás do carro para darem o tiro, desistiram e fugiram com o carro, levando os R$ 600, um relógio e um celular. Eles não me revistaram e não roubaram meu rádio, que foi vital para eu pedir socorro ao meu amigo PM. Na mesma hora, eles correram atrás e conseguiram prender estes bandidos. Mas o carro ficou destruído."

E desabafa: "Estou com muito medo de eles serem soltos e voltarem para me matar. Eles me pegaram na porta de casa, sabem onde moro. Acho que sou um homem morto! Os PMs me disseram que eu tive sorte, pois a pistola teria acabado de passar por manutenção, já que estava extremamente limpa e com um pressão enorme."

No depoimento, J.S.S.N confimou que o atirador era Paulinho. Ele disse que estava no carona e que o M.V.C.S era quem dirigia o carro. Márcia Silveira, 32 anos, irmã do menor M.V.C.S, disse que ele avisou que iria na casa da namorada e depois a um pagode e iria chegar tarde.

"Cheguei de madrugada da lanchonete onde trabalho e de manhã cedo recebi o telefonema da minha mãe, que estava passando mal, me pedindo para ir com ela à delegacia. Essa juventude faz as coisas do jeito que querem, enganam a gente. Eu não tinha a menor noção de que meu irmão tinha envolvimento com este tipo de coisa. Jamais poderia imaginar", disse.

Já a mãe de J.S.S.N, Francisca Silva, doméstica de 35 anos, disse que sempre orientou o filho sobre o que é certo ou errado, mas que filhos nunca escutam as mães. "Eu sempre dei liberdade a ele, mas jamais espararia isso. Estou também muito preocupada com o mau exemplo que ele está dando ao irmão, de 9 anos", relatou.

O caso foi registrado na 29ª DP (Madureira), para onde a pistola e os menores foram levados.

odia.ig.com.br

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