sábado, 19 de junho de 2010

Vereador Claudinho da Academia morre de enfarte

Rio - O vereador Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia (PSDC), morreu por volta do meio-dia deste sábado, após sofrer um enfarte fulminante.

Ele estava em um apartamento alugado por Gabriel Andreatta, seu sócio na academia e chefe de seu gabinete, desde ontem, após brigar com a atual mulher.

Claudinho, que tinha 39 anos, estava acompanhado pelo casal de filhos gêmeos, de 10 anos, que tem problemas auditivos.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Claudinho teria envolvimento com traficante | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Depois de quase duas horas, a perícia foi concluída e o corpo do vereador foi levado para o Instituto Médico Legal. Um grupo de amigos levantou um tapete para que a saída do corpo não fosse fotografada e nem filmada pela imprensa.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, o apartamento não estava revirado e não havia indícios de uso de drogas. As principais suspeitas são de enfarte ou acidente com gás do aquecedor, já que ele foi encontrado sem roupa dentro do banheiro, com o chuveiro já ligado.

O vereador teria se trancado por que quando Gabriel chegou ao apartamento, que fica na Estrada da Gávea, em São Conrado, arrombou a porta e encontrou Claudinho caído no chão. Em princípio, o político teria morrido de enfarte, mas a Delegacia de Homicídios foi chamada para investigar. A assessoria de imprensa do vereador informou que ele teve uma crise de hipertensão na semana passada e estava tomando remédios para controlar a pressão.

Em 2007, ele foi eleito presidente da Associação de Moradores da Rocinha. Em 2008 concorreu a uma vaga na Câmara dos Vereadores e após uma "campanha eleitoral desgastante", como ele mesmo definia em seu site pessoal, foi eleito com 11.513 votos. Este ano, Claudinho iria se candidatar a deputado estadual.

Investigado pela polícia

Claudinho estava sendo investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) por causa de uma suposta relação com o chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo Ministério Público Estadual (MP).

“Não temos dúvidas sobre o envolvimento do vereador com o traficante. O que queremos saber é se essa associação tem fins de tráfico de drogas”, argumentou Antônio José Campos Moreira, subprocurador-geral de Justiça de Atribuição Originária Institucional do MP. Nem é apontado pela polícia como um dos principais chefões da facção Amigos dos Amigos (ADA).

Com informações de Adriana Cruz e Paula Sarapu

O DIA ONLINE - RIO

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