terça-feira, 22 de junho de 2010

Polícia apreende documentos durante operação contra fraudes na Saúde em Nova Iguaçu

Rio - Em operação contra a fraude na Saúde em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira, a Polícia Civil apreendeu três malotes com documentos, prontuários médicos, cartões do Sistema Único de Saúde (SUS) e cadastros de eleitores beneficiados pelo esquema que seria comandado pelo vereador Wilson Carvalho (PSC). Os agentes visitaram seis endereços, incluindo o gabinete do político na Câmara Municipal, sua residência e centro social.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O vereador Wilson Carvalho afirmou estar sofrendo perseguição política | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

"Checamos uma denúncia de que ele (Wilson Carvalho) mesmo fazia o encaminhamento de pacientes para operações em hospitais de Nova Iguaçu e ele também assinava as requisições. Questionamos um médico responsável se ele é que assinava e ele disse que sua assinatura foi falsificada e ele nem mesmo conhece o vereador. Chegamos à conclusão de que ele poderia estar angariando votos com estas medidas", disse o delegado.

De acordo com as investigações da Delegacia de Defraudações (DDef), o vereador e presidente da Comissão de Saúde do município é acusado de fraude em receitas médicas e encaminhamentos cirúrgicos em troca de votos. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da região.

Ninguém foi preso na ação. Durante a revista no gabinete, o vereador Wilson Carvalho acompanhou os policiais de forma espontânea. De acordo com o delegado Robson Costa, responsável pelo caso, se for comprovado que o político esteja envolvido no esquema, ele responderá por falsidade ideológica e crime eleitoral. Wilson negou as acusações e disse estar sendo vítima de perseguição política.

"Agora vamos encaminhar os documentos para exames grafotécnicos para comprovar a autenticidade das assinaturas nos prontuários médicos", completou o delegado.

A investigação começou em setembro de 2009 após denúncia através de carta. Os policiais conseguiram reunir dezenas de páginas com informações em um inquérito que ainda conta com vídeos feitos por agentes disfarçados. Testemunhas e pacientes que teriam sido beneficiados pelo esquema ainda serão chamados para depor.

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