CPI da Venda de Sentenças Judiciais
Marcelo Gomes
A ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino faltou, pela segunda vez, à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) criada para investigar denúncias de tráfico de influência e venda de sentenças judiciais em eleições, realizada nesta quinta-feira.
O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), afirmou que a Chefia de Polícia Civil já recebeu um ofício para que Núbia seja trazida de forma coercitiva à Alerj e ressaltou que a CPI quer ouvi-la, em qualquer dia e horário, assim que a polícia a trouxer.
- Além de ser importante para a própria ex-prefeita ter a oportunidade de nos contar o que sabe, é ainda uma forma de esclarecer e usar o direito de defesa. Nós sabemos quais políticos foram coagidos e a corrupção é ativa e passiva.
Temos o nome dos que pagaram e dos que não pagaram ao empresário investigado, Eduardo Raschkovsky, para interferir em sentenças judiciais. Mas é imprescindível para o trabalho da CPI que, principalmente os políticos, que têm compromisso público, venham testemunhar - disse o deputado.
Durante a reunião desta quinta, a CPI ouviu o caseiro João Ferreira dos Santos, que trabalha e mora na casa de Raschkovsky, e o recepcionista do escritório de advocacia L. Montenegro, administrado pelo empresário investigado, Célio Gomes dos Santos.
Durante os depoimentos, a comissão apresentou a ambos um álbum com as fotos de 17 pessoas, do meio político e jurídico, para verificar se eles identificavam alguém que já poderia ter sido recebido por Raschkovsky. Apenas o desembargador Roberto Wider foi reconhecido pelo caseiro.
Quem tiver conhecimento de qualquer negociação ou venda de decisões judiciais que possam ajudar a CPI a colher resultados deve entrar em contato através do número 0800 282 5888. O serviço funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h.
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