segunda-feira, 28 de junho de 2010

Acusado de suborno, deputado Geraldo Moreira tem depoimento antecipado

Assassinato na Tijuca

Marcelo Gomes

Deputado Geraldo Moreira. - Foto de arquivoA desembargadora Nilza Bitar, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ), marcou para o próximo dia 15 o depoimento da testemunha-chave do processo em que o deputado estadual Geraldo Moreira (PTN) é acusado de encomendar o assassinato do médico Carlos Alberto Peres Miranda, em 2008, na Tijuca.

A magistrada também vai interrogar o parlamentar no mesmo dia. Apesar de o Órgão Especial ter aceito a denúncia contra Moreira em maio de 2009, até agora nenhuma testemunha — e nem o deputado — tinham sido ouvidos pela Justiça.

O pedido de antecipação do depoimento da testemunha foi aceito após X. dizer à polícia e ao Ministério Público que duas pessoas ligadas a Moreira a procuraram, com o objetivo de suborná-la. Eles queriam que X. alterasse suas declarações, que incriminavam o parlamentar. Na primeira tentativa, ofereceram R$ 30 mil. Diante da negativa, aumentaram a oferta para R$ 150 mil.

Pelo acordo, a testemunha deveria escrever uma carta, de próprio punho, inocentando Moreira. Assustada com a insistência dos emissários do deputado, X. procurou a 19 DP (Tijuca), que instaurou inquérito para apurar o suposto crime de coação de testemunha. O inquérito está em vias de ser concluído e será enviado ao procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes. Como o parlamentar tem foro privilegiado, o processo tramita no Órgão Especial do TJ, a mais alta instância colegiada do Judiciário fluminense.

— Não vejo a hora de prestar depoimento e me livrar logo desse problema. Vou falar tudo o que sei sobre o caso — disse X.
Os depoimentos da testemunha e de Moreira serão a portas fechadas.

No dia 28 de maio, os advogados de defesa do deputado enviaram ofício à 19ª DP em que questionam a legitimidade de X. para ser considerada testemunha. A defesa de Moreira alegou que X. levou o deputado e um coautor do assassinato ao local do crime. Além disso, após o homicídio, os PMs envolvidos telefonaram para o celular de X. Por isso, para os advogados, X. deve ser considerada coautora do crime, e não testemunha.

Médico foi executado à luz do dia

O médico Carlos Alberto Peres Miranda foi executado a tiros, em 14 de março de 2008, na Rua Andrade Neves, na Tijuca. Companheiro da ex-mulher de Geraldo Moreira, o médico a estaria orientando a não ceder na partilha dos bens. Dos seis acusados de envolvimento no crime, apenas dois ainda não foram julgados: Moreira e um ex-PM que está foragido.

Caso de Polícia: Extra Online

2 comentários:

Anônimo disse...

Essse "bandido" disfarçado de deputado ñ será diplomado na ALERJ em 2011 e o seu fim será atrás das grades onde apodrecerá, pois o bem sempre vence o mal EU ACREDITO!!!

Anônimo disse...

Que DEUS ilumine a cabeça dos desembargadores na hora de votar sobre a condenação deste sujeito que acha que pode cometer todo tipo de crimes e ficar impune a justiça de DEUS essa sim tarda mas não falha. HOMICÌDIO já é demais, fraudes no DETRAN é o de menos, IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA é o de menos, ABUSO DE PODER ECONOMICO NA CAMPANHA é o de menos vários outros crimes é de menos , agora HOMICÌDIO é realmente DEMAIS exigimos sua prisão!!!!!!!!!!