sábado, 18 de outubro de 2008

Polícia prende PMs suspeitos de fraudes em compra de carros

 

Investigação começou após prisão de agente funerário, em junho.
Grupo também estaria envolvido em milícia.

Do G1, no Rio

Quatro pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (17) em municípios da Região dos Lagos, suspeitos de tráfico de drogas, envolvimento com milícias e grupos de extermínio, além de participação em esquemas de fraude de compra e desmanche de carros. Entre os presos, segundo a Polícia Civil, estão três policiais militares. A polícia esclareceu que, além dos quatro presos, outras duas mulheres foram detidas, mas liberadas após depoimento.

Os presos e o material apreendido foram levados para a sede da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
Segundo o delegado Paulo Henrique da Silva Pinto, após escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e depois da prisão de um agente funerário, a polícia conseguiu seis mandados de prisão contra um dos grupos nos municípios de São Pedro da Aldeia e Araruama – por tráfico de drogas e fraudes envolvendo compra de veículos. Outros dois mandados de prisão por extorsão e assassinato não foram cumpridos porque os suspeitos conseguiram fugir. Os dois foragidos seriam um outro PM e seu irmão.

Esquema usava documentos de mortos

Segundo o delegado, após a prisão do agente funerário, a polícia descobriu o esquema de fraude na compra de carros. O agente teria contado que falsificava documentos de mortos para que a quadrilha comprasse carros financiados em seus nomes. Os policiais usavam os veículos que, depois de usados, eram entregues ao dono da oficina para desmanche e venda das peças.
Foram apreendidos um revólver, quatro carros, cerca de três quilos de maconha e cocaína, computadores e documentos que comprovariam a fraude na compra de veículos.

A assessoria da Polícia Militar informou que não irá se pronunciar sobre o caso. Segundo o delegado, os presos confessaram participação em fraudes em compra de carros, tráfico de drogas, mas negaram participar de grupos de extermínio.

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