domingo, 31 de agosto de 2008

Vigia é morto a tiros em condomínio na Zona Oeste

Ele trabalhava no mesmo local onde mora a filha de Jerominho.
Polícia investiga se houve participação de milicianos no crime.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

neste sábado (30) em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, Uanderson Luiz Porto, de 35 anos, trabalhava no mesmo local onde mora a candidata a vereadora (PT do B) Carminha Jerominho, filha do vereador Jerominho, preso sob suspeita de comandar uma milícia na região.

De acordo com o delegado Marcus Neves, titular da 35ª DP (Campo Grande), Luiz estava na guarita do condomínio quando foi abordado por um grupo de criminosos armados. Ele foi atingido por vários tiros e chegou a ser levado para Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, mas não resistiu. Depois do crime, os suspeitos fugiram.


A polícia ainda não sabe os motivos do crime, mas acredita que o vigia tenha sido executado por ter ajudado na operação da Polícia Federal, que prendeu a candidata na última sexta-feira (29) sob suspeita de crime eleitoral. Segundo Marcus Neves, o vigia teria apontado a casa da candidata ao agentes.

Marcus Neves afirmou que há indícios de que Carminha Jerominho faria parte da milícia de Campo Grande. Ela também é sobrinha do deputado estadual Natalino Guimarães, ex-DEM, também suspeito de integrar grupos de milicianos que prometem segurança à população em troca de dinheiro. Natalino e Jerominho estão presos em Bangu 8. Os três suspeitos negam todas as acusações.

O delegado também informou que Uanderson era investigado por ter ligações com o ex-PM e irmão de Carminha, Luciano Guinâncio Guimarães, foragido da Justiça. Segundo ele, testemunhas do caso deverão ser ouvidas nesta segunda-feira (1º). A polícia também não descarta a hipótese de que o vigia tenha sido vítima de uma tentativa de assalto.

O corpo de Uanderson Luiz Porto foi velado na capela Jeová na manhã deste domingo, e depois enterrado no cemitério de Campo Grande.

Outros presos em operação da PF

Na sexta-feira (29), além de Carminha Jerominho, também foram presos outras 12 pessoas, entre elas policiais militares. Todos vão responder pelos crimes de formação de quadrilha armada, tentativa de homicídio e coação eleitoral, ou seja, obrigar alguém a votar em determinado candidato.

A operação, que começou cedo, teve como objetivo prender suspeitos de cometerem crimes eleitorais. A ação foi realizada na Zona Oeste do Rio, principalmente em Campo Grande. As informações são da assessoria da Polícia Federal.

Secretaria investiga outra denúncia

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) investiga uma denúncia de que o vereador Jerominho teria negociado de dentro da sala de direção do presídio de Bangu 8 a venda de um terreno no Recreio dos Bandeirantes, na Zona oeste do Rio. A Secretaria confirmou que um funcionário de cartório esteve no presídio no dia em que teria ocorrido a negociação, mas ainda apura o motivo da presença dele em Bangu.

Nenhum comentário: