quarta-feira, 6 de abril de 2011

Famílias das vítimas do voo 447 querem acompanhar resgate

Rio - Famílias das vítimas do voo 447 querem acompanhar a retirada dos corpos do fundo do mar. Ontem a revelação de que havia restos mortais junto aos destroços renovou a esperança de parentes de finalmente poderem identificar os entes perdidos na tragédia. “É um alento para todos nós”, disse Nelson Faria de Marinho, presidente da Associação de Parentes de Vítimas.

O filho dele era técnico mecânico de uma empresa de perfuração de poços de petróleo que presta serviços para a Petrobras. “Sem o corpo, até hoje a sensação é que meu filho não morreu. A todo momento eu acho que ele vai chegar no portão”, desabafa.

Segundo ele, a comissão já pediu ao governo francês que um observador internacional dos familiares possa acompanhar o trabalho de resgate. “Queremos que os destroços venham à tona para confirmar que esse modelo, como todos os outros que continuam voando, tinha defeito de fabricação”, denuncia Marinho. A associação dispõe de um dossiê obtido de ex-pilotos franceses que mostra a sequência de acidentes envolvendo o Airbus 330.

“Pedimos uma audiência com a presidenta Dilma para entregar o relatório. Mas não fomos recebidos”, afirma o presidente da Associação.

Até o momento, nenhuma família brasileira recebeu indenização. A empresa Air France recorreu das sentenças favoráveis às vítimas. “Famílias que têm advogados estrangeiros estão negociando acordos extrajudiciais com a companhia. Os franceses ofereceram esmolas e muitas famílias perderam seus provedores”, criticou Marinho.

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