O policial que interrompeu o ataque de um homem armado a uma escola lamentou não ter chegado minutos antes ao local na Zona Oeste do Rio de Janeiro para evitar a tragédia que matou 13 alunos, nesta quinta-feira.
O sargento Márcio Alves, de 38 anos, há 18 na corporação, estava a duas quadras da escola em Realengo, em uma operação do Departamento de Trânsito, quando foi chamado por dois alunos feridos que conseguiram fugir do ataque à escola.
O policial acertou um tiro no autor dos disparos no momento em que ele se preparava para atirar em mais estudantes. O homem se matou com o tiro na cabeça depois de ser atingido, segundo a polícia.
- Sinto tristeza por essas crianças, tenho filhos, mas também tenho um sentimento de deve cumprido. A tristeza não vai sair fácil da nossa memória, mas cumpri a minha parte. Se eu tivesse chegado cinco minutos antes, talvez tivesse evitado muita coisa - disse Alves.
Sargento Alves / Foto: Gabriel de Paiva / Reuters/Brasil Online
- Um aluno baleado solicitou socorro. Encontrei o matador no segundo andar e quando ele saía de uma sala atirei. Ele foi atingido, caiu na escada, e cometeu o suicídio - acrescentou.
O sargento, que foi descrito como "herói" pelo governador Sérgio Cabral, afirmou que não consegue esquecer os momentos de terror logo que chegou ao local.
- Era muito sangue, gritaria e a maioria dos tiros foi na cabeça (dos estudantes) - disse.
O homem armado, identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, tinha uma carta de despedida em seu bolso em que não cita um motivo para o ataque, segundo trechos obtidos com a polícia.
O ex-aluno entrou em sua antiga escola dizendo que iria fazer uma palestra, antes de abrir fogo com dois revólveres e bastante munição.
Segundo investigadores, os armamentos tinham um dispositivo conhecido como "speed" que facilitam a recarga.
- Ele tinha conhecimento e experiência com armas - disse um policial.
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