sábado, 24 de julho de 2010

OAB-RJ defende mais capacitação da PM e repudia a corrupção

Para presidente do órgão, corrupção tem que ser combatida com seriedade.
Segundo ele, 'lógica da guerra ainda prevalece no combate à criminalidade'.

Do G1 RJ

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Wadih Damous, defendeu neste sábado (24) mais capacitação da Polícia Militar e repudiou a corrupção na corporação nos casos recentes envolvendo a atuação de policiais militares. “Que a corrupção policial seja combatida e repudiada com seriedade, pouco importando a condição social das vítimas e dos favorecidos”, disse Damous em nota divulgada à imprensa.

Na sexta-feira (23), Roberto Bussamra, pai do jovem que admitiu ter atropelado Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, disse em depoimento que os policiais que liberaram seu filho pediram R$ 10 mil em propina. O depoimento durou seis horas.

O presidente da OAB-RJ também questionou a atuação do pai do jovem que admitiu ter atropelado o músico Rafael Mascarenhas. "A propina, a "cervejinha" e outros expedientes afins são de todos conhecidos, mas nunca se pergunta, quem corrompe? A sociedade, de fato, quer uma polícia republicana e incorruptível? O pai dos atropeladores de Rafael foi o primeiro a tentar corromper policiais para livrar o filho?”.

Segundo o presidente da OAB-RJ, a corrupção é uma prática frequente. “Podemos presumir que fatos como esse ocorram diariamente. Para combatê-los se faz necessária a morte de um jovem filho de pais famosos? O que esperamos é que todos os crimes, que envolvam famosos ou não, sejam elucidados com a mesma velocidade com que se apurou a trágica morte de Rafael. Que as lágrimas das mães de filhos mortos sejam lamentadas e respeitadas da Zona Sul à Zona Norte”, declarou Damous.

Para Damous, a morte do menino Wesley Andrade, que foi atingido dentro de sala de aula quando a polícia fazia uma operação perto do Ciep onde ele estudava, mostra que o investimento nas Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) pouco adiantará se não houver capacitação entre os policiais. “Tiro, formas adequadas de abordagem, etc. Mostram que a lógica de guerra ainda prevalece no combate à criminalidade”.

G1 - notícias do Rio de Janeiro

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