Ex-PM é sócio de sargento acusado de negociar armas, diz polícia

Na casa dele, polícia apreendeu armas, carros e uma moto roubada.

Investigações o apontam como responsável por contatos com traficantes.

Do RJTV

 

Depois de uma operação que acabou com a morte do sargento Volber Roberto da Silva Filho, acusado de ser traficante internacional de armas, a polícia do Rio fecha o cerco contra a quadrilha, que seria responsável pela maior parte da venda de armas e munição no estado do Rio. Nesta sexta-feira (2), um ex-PM, que faria parte da quadrilha, consegiu escapar de uma incursão policial à sua casa em Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense.

De acordo com as investigações, ele seria sócio de Volber. No local, foram apreendidos um táxi, uma kombi, uma moto roubada, armas, munição, dinheiro e uma identidade falsa com a foto do ex-PM. Segundo a polícia, enquanto o sargento era responsável por trazer as armas do Paraguai, o ex-PM fazia os contatos com os traficantes.

Dentro da casa em Bangu foi encontrado um caderno com a contabilidade da quadrilha. Numa das negociações, que envolviam fuzis, metralhadoras e munição, os valores chegam a R$ 421 mil. As anotações mostram ainda R$ 264 mil em gastos com armas.

Denúncia anônima entregou sargento

Na noite de quinta-feira (1º), a polícia recebeu uma denúncia anônima dizendo que o sargento estaria num motel em Jacarepaguá, na Zona Oeste, acompanhado de três homens e duas mulheres. Os agentes entraram no local, ele reagiu e acabou morto.

Com o sargento foram apreendidas duas pistolas 9 milímetros não registradas, vários carregadores, além de munição. De acordo com a polícia, uma das armas poderia se transformar numa minimetralhadora.

Como era o esquema

Os agentes também tiveram acesso à contabilidade das últimas negociações do sargento no tráfico de armas. Em apenas uma delas, ele faturou R$ 178 mil. A polícia afirma que Volber praticava o crime há pelo menos 3 anos.

Segundo as investigações, o sargento buscava armas e munição no Paraguai. O armamento ilegal abastecia o tráfico principalmente nas favelas do Dendê, na Ilha do Governador, Acari, no subúrbio e Coreia, Vila Aliança e Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio.

G1 - notícias em Rio de Janeiro