terça-feira, 27 de novembro de 2007

Operação na Vila Cruzeiro termina com dois mortos e quatros feridos


Operação na Vila Cruzeiro termina com dois mortos e quatros feridos Um dos feridos está em estado grave e corre risco de morrer
Carla Marques
Rio - Terminou com dois mortos e quatro feridos a Operação da Polícia Militar na Favela Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, na Penha, Zona Norte, que aconteceu na manhã desta terça-feira, com objetivo de reprimir o tráfico de drogas.Soldados do 3º BPM (Méier), 9º BPM (Rocha Miranda), 16º BPM (Olaria) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), auxiliados por três carros blindados trocaram tiros com bandidos.
O cabo do 16º BPM (Olaria) Hélio Bezerra de Lima, 35 anos, morreu ao levar um tiro na cabeça, quando subia a Rua 14, no alto da favela. Ele chegou a ser socorrido pelo "caveirão", mas faleceu antes de chegar ao Hospital Getúlio Vargas, também na Penha.
A outra vítima fatal é o gari da Comlurb aposentado, Valdir Ribeiro Barbosa, 62 anos. Ele voltava para casa, quando foi atingido na Rua 8. A sobrinha dele, Helaine Barbosa, 24 anos, que o acompanhava, foi ferida por estilhaços de bala na barriga, coxa esquerda e no pescoço. No mesmo confronto, um policial militar torceu o pé e outra pessoa foi ferida por estilhaços.Dentre os feridos, o caso mais grave é do estudante Janderson de Oliveira Cruz, 17 anos. Ele levou um tiro nas costas, quando pendurava roupas em um varal na laje de casa. A bala perfurou o tórax e ele corre risco de morrer. O rapaz está sendo operado no Hospital Getúlio Vargas.Para tentar impedir o avanço dos policiais, os traficantes colocaram um ônibus roubado em uma das principais vias de acesso à favela e o metralharam. No total, 120 homens participaram da operação.
Dois carros blindados quebraram e tiveram de ser rebocados pelos policiais. Na tentativa de resgatar os veículos, uma equipe da polícia ficou encurralada no interior da favela.As seis escolas que ficam ao redor do local fecharam deixando cerca de quatro mil crianças sem aula. Alguns comerciantes fecharam os estabelecimentos.
A Avenida Nossa Senhora da Penha, principal via de acesso ao morro, foi fechada pela polícia para pedestres e veículos.
Desde maio, quando a Polícia Militar passou a ocupar o conjunto de favelas, mais de 60 pessoas já morreram.

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