quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Desconto para quitar dívida

Rio - De olho no 13º salário, lojas estão facilitando a quitação de dívidas de clientes inadimplentes. Além do objetivo principal, que é o de reduzir o prejuízo, o comércio tem interesse em devolver o poder de compra aos consumidores antes da virada do ano. A negociação traz benefícios aos dois lados do balcão: as empresas têm mais lucro e os clientes recuperam o crédito perdido.
Na campanha da Leader, que vai até domingo, quem tiver contas em atraso pode ganhar descontos de até 50% ao quitar a dívida e 100% de anistia nos encargos financeiros. “Os descontos estão ainda mais agressivos. A meta é trazer de volta ao mercado os clientes inadimplentes”, diz a diretora de Risco da Leader, Gisele Antunes.
DIRETO NAS LOJAS
A novidade este ano é que as dívidas podem ser negociadas direto nas lojas. “Nossos funcionários foram treinados para receber essas pessoas”, garante Gisele. A expectativa da empresa é que, dos 300 mil clientes nessa situação, pelo menos 30 mil recuperem o crédito até o fim da campanha. “É um momento de grande circulação de dinheiro. Criamos esses atrativos para que os consumidores possam quitar de vez as suas dívidas”.
Motorista de caminhão, Geovan Luiz, de 35 anos, aprova a iniciativa. Graças ao desconto de mais de 55% e a outros benefícios por pagar à vista, ele poderá colocar suas contas em dia. Inicialmente, Geovan estava devendo R$ 780. Após a negociação, terá que pagar somente R$ 255. “A vantagem é que, além de zerar os débitos com a loja, vou poder usar meu cartão de novo para as compras de fim de ano”, ressalta.
A Renner é outra rede que está aberta a negociações de dívidas. Clientes inadimplentes podem procurar o setor de crediário, em qualquer unidade. No Grupo Pão de Açúcar, também há facilidades no pagamento de contas atrasadas. A empresa aceita parcelar a dívida em até 36 vezes. A negociação pode ser feita numa das lojas ou pela central de atendimento (4004-1177).
Também de olho no 13º, os shoppings do Rio já anunciaram que vão esticar o horário de funcionamento. No entanto, ao contrário de anos anteriores, não haverá a maratona de mais de 30 horas de lojas abertas — do dia 23 para o 24. É possível comprar os presentes de Natal e só começar a pagar em fevereiro. Em alguns casos, os prazos foram ampliados, com o parcelamento em até 10 vezes sem juros.
SHOPPINGS: HORÁRIO AMPLIADO PARA AS COMPRAS
NORTE SHOPPINGDos dias 1º a 20 (de segunda-feira a sábado), o funcionamento será das 10h às 23h e, aos domingos, das 12h às 23h. Dos dias 21 a 23, o shopping abrirá às 10h e só fechará às 2h da manhã. No dia 24, vai funcionar das 10h às 18h RIO SULDe 14 a 23 (segunda-feira a sábado), o horário será das 10h às 24h. Domingos, das 10h às 23h. No dia 24, abrirá às 9h e fechará às 18h
BARRA SHOPPINGDos dias 1º a 20, o funcionamento será das 10h às 23h, de segunda a sábado. Aos domingos, das 10h às 22h. Dos dias 21 a 23, todas as lojas vão funcionar das 10h à 1h da manhã. No dia 24, o horário será das 9h às 18h NOVA AMÉRICADomingos 2, 9, 16 e 30, as lojas vão abrir das 10h às 22h. Dos dias 20 a 23, o funcionamento será das 10h à 1h da manhã. No dia 24, o shopping abrirá às 8h e fechará às 18h
GRANDE RIOA partir do dia 9 (sextas e sábados), o shopping estará aberto das 10h às 24h. Aos domingos, vai funcionar das 10h às 22h. No dia 24, das 10h às 18h
PLAZA SHOPPINGA partir do dia 14, até o dia 20, as lojas abrirão às 10h e fecharão às 23h. Dos dias 21 a 23, o horário será das 10h às 24h. No dia 24, abrirá até as 18h
SÃO GONÇALOA partir do dia 8, o shopping terá o horário ampliada das 10h às 23h, de segunda-feira a sábado e, aos domingos, das 11h às 22h. No dia 23, as lojas ficarão abertas das 9h à 1h da manhã. No dia 24, o horário será das 9h às 18h
Os juros mais baixos do real
O consumidor deve pagar neste Natal os juros mais baixos e ter os maiores prazos para as compras desde a implantação do real, em 1994. “As condições são as melhores dos últimos anos e com prazos mais dilatados”, destacou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Segundo ele, a redução das taxas está vinculada à queda do spread (diferença entre o que o banco paga ao investidor e o que cobra nos financiamentos). Lopes lembrou que só o cheque especial, com juros de 139,1% ao ano, em outubro, e o crédito para a compra de bens, como eletrodomésticos, 54,7%, ainda não atingiram o piso da série histórica do BC.O volume total de crédito chegou a R$ 880,8 bilhões, em outubro, o equivalente a 34% do PIB (conjunto de riquezas do País) — a maior relação desde junho de 1995 (34,7%). Os juros médios para pessoa física caíram 0,5% em outubro (45,8% ao ano).
Ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3% em novembro, para 114,3 pontos, o maior nível da série histórica, de 2005.

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