POR Maria Luisa Barros
Rio - A missa de sétimo dia do ajudante de caminhão Wanderson dos Santos, marcada pela ex-modelo Luma de Oliveira, reuniu cerca de 15 pessoas na Igreja da Ressurreição, em Ipanema, Zona Sul do Rio, na noite desta sexta-feira. Entre os presentes, além da ex-modelo, estavam Thor e o irmão, Olin Batista, filhos de Luma e do empresário Eike Batista, além de Isis de Oliveira. O dono da EBX, no entanto, não compareceu à cerimônia religiosa.
Luma na igreja | Foto: Ag. News
Durante a celebração, o Monsenhor André Sampaio, da Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia, localizada na Escola Americana, em Botafogo, na Zona Sul do Rio afirmou, durante o sermão, que o acidente foi uma grande fatalidade. "Há um certo exagero. As pessoas querem um Cristo", afirmou. "Nessa hora a família tem que ter paciência e silêncio", exortou o pároco.
O Monsenhor também pediu que os envolvidos no acidente tirem da tragédia uma lição: "Que essa fatalidade sirva de lição para o dom da vida. Não adianta ter só tesouros na terra. É preciso acumulá-los também no céu".
Ao término da cerimônia, Luma e os filhos saíram da igreja sem falar com a imprensa.
Olin (de preto), Thor (de verde) e Ísis de Oliveira, irmão de Luma | Foto: Ag. News
Exame revela que ciclista ingeriu álcool
Exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) no corpo do ajudante de caminhão Wanderson dos Santos, 30, atropelado pelo empresário Thor de Oliveira Fuhrken Batista, 20, apontou que o ciclista havia ingerido bebida alcóolica antes do acidente. A versão foi confirmada nesta sexta-feira por policiais da 61ª DP (Xérem), que investiga o caso.
A colisão ocorreu no último sábado à noite, na altura do Km 101 da BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora (MG), no distrito de Xerém, em Caxias, na Baixada Fluminense.
Foto: Ag. News
Filho do bilionário Eike Batista com a ex-modelo Luma de Oliveira, Thor prestou depoimento na 61ª DP na última quarta e reafirmou sua inocência. Outras cinco pessoas já foram ouvidas. O delegado descartou homicídio doloso (com intenção de matar). Ele só seria indiciado por homicídio culposo (sem intenção) se ficasse comprovado que trafegava pelo acostamento ou acima da velocidade permitida. Uma nova perícia no veículo de Thor deve ser feita. Ela deve apontar se ele estava acima de 110 km/h.
“Houve um acidente e tem que ter um culpado. Se ele estiver conduzindo o veículo dentro da faixa de rolamento, dentro do limite de velocidade, é culpa exclusiva da vítima. Ela atravessou uma rodovia inadvertidamente”, disse o delegado, após depoimento de Thor.
Carro ficou com o vidro quebrado após acidente | Foto: Reprodução Internet
A quantidade de infrações que o emprsário apresenta em seu prontuário no Detran-RJ foi contestada por seu advogado, Celso Vilardi. Ele afirma que algumas multas podem ter sido cometidas por funcionários que utilizaram o carro do jovem. Conforme O DIA publicou com exclusividade, o jovem teria 44 pontos registrados em sua carteira e não poderia mais dirigir.
“Estamos fazendo um levantamento. Ele trocou de carro várias vezes, e a transferência pode ter alguma influência nesse número de pontos. Além disso, ele anda com seguranças e motoristas. Queremos saber se era ele mesmo que estava dirigindo em cada uma das ocasiões em que as multas foram aplicadas”, argumenta Vilardi.
Thor disse que está convicto de sua inocência | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Thor ganhou reforço de peso em sua defesa. Ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos foi contratado por Eike Batista para defender seu filho. Os dois advogados já se reuniram para definir as estratégias.
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