domingo, 31 de julho de 2011

Votação em Magé, no RJ, começa com suspeita de boca de urna

TRE apreendeu cartazes de candidatos a prefeito neste domingo (31).

Uma pessoa foi detida por circular com carro de som, informou o TRE.

Alba Valéria Mendonça Do G1 RJ, em Magé

Policiamento está reforçado em Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Policiamento está reforçado para as eleições em
Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

A votação para a escolha do novo prefeito em Magé, na Baixada Fluminense, começou às 8h deste domingo com suspeita de boca de urna. Mesmo com o policiamento reforçado na cidade, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já flagraram movimentos partidários de boca de urna e recolheram cartazes irregulares.

Os eleitores vão às urnas neste por causa da cassação dos candidatos eleitos em 2008, a prefeita Núbia Cozzolino (PMDB) e o vice Rozan Gomes da Silva (PSL) por abuso de poder político, econômico e utilização indevida de meios de comunicação.

De acordo com o fiscal Walter Barbosa, o prefeito em exercício, Anderson Cozzolino, que é irmão da prefeita cassada, foi flagrado duas vezes em uma seção de votação, mesmo após já ter votado. Ele teria tentando intimidar eleitores na maior zona eleitoral da cidade, que fica no Colégio estadual José Veríssimo.

Escola José Veríssimo é a maior zona eleitoral de Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Escola estadual José Veríssimo é a maior zona
eleitoral de Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

"Recebemos uma denúncia de que um membro da família Cozzolino estava muito tempo na seção de votação. Constatamos que se tratava do atual prefeito que não votava naquela seção e que já tinha circulado por outras salas pedindo voto. Nós o levamos até a seção dele, acompanhamos ele votando e depois o acompanhamos até a saída do colégio", disse Barbosa.

Uma hora depois, o prefeito retornou ao colégio, que fica numa área considerada reduto da familía Cozzolino, entrou em uma seção de votação, falou com algumas pessoas e saiu.

"Vim votar pela primeira vez. Espero que a eleição corra tranquila", falou Anderson, negando que já tivesse ido ao local nessa manhã.

Fisciais apreenderam cartazes em Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Fiscais apreenderam cartazes de candidatos na
cidade (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Os fiscais do colégio que reúne mais de sete mil eleitores pediram à polícia para fazer rondas no entorno porque a todo instante recebem denúndicas de boca de urna. A movimentação nas zonas eleitorais é normal e sem filas.

3 detidos e 5 urnas trocadas

Uma pessoa foi detida em Santo Aleixo por circular com um carro de som. O veículo foi apreendido. Outras duas pessoas, incluindo um policial militar, foram detidas por boca de urna informou o TRE. Cinco urnas eletrônicas apresentaram problema e foram trocadas.

De acordo com o juiz eleitoral Orlando Feitosa, não é permitido nenhum tipo de propaganda no domingo. Só é autorizada a manifestação individual do eleitor com broches, adesivos e bandeiras. Os locais de votação estão abertos das 8h às 17h.

Eleitores não encontram fila para votar em Magé (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Eleitores não encontram fila para votar em Magé
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), estão aptos a votar os eleitores inscritos em Magé até o dia 17 de fevereiro. Há seis chapas inscritas para a disputa da prefeitura da cidade.

Forte esquema de segurança

Durante mais de um mês fiscais do TRE recolheram propaganda irregular de candidatos e reprimiram crimes eleitorais no município.

Foi montado um esquema especial de segurança que vai contar com oito equipes da Polícia Rodoviária Federal que farão blitzes, 40 policiais federais e 120 homens da Polícia Civil nas ruas. Além de cerca de 530 policiais militares, inclusive do Batalhão de Operações Especiais (Bope), estarão a postos. A segurança será reforçada, ainda, com dois helicópteros. A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha está na cidade para acompanhar a eleição.

O presidente do TRE, desembargador Luiz Zveiter, afirmou, neste domingo, que a "eleição está dentro do previsto. O que está acontecendo (pessoas detidas) são fatos isolados. E esse policiamento é um diferencial para mostrar que é possível fazer uma eleição de forma tranquila e democrática".

G1 - Rio de Janeiro

Nenhum comentário: