domingo, 25 de novembro de 2012

Quase metade dos paulistanos 'absolve' PM que participa de grupo de extermínio

Datafolha aponta que 43% dos paulistanos não acham que policial que participe de grupo de extermínio deva ser punido. 61% dos entrevistados se dizem inseguros

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (25) mostra que 43% dos paulistanos não acham que um policial que participasse de um grupo de extermínio deva ser punido. A pesquisa retrata o estado da população da capital após a onda de violência que começou em junho e se intensificou em outubro e novembro.

O levantamento, feito na última quinta-feira (22), ouviu 1.082 paulistanos. O percentual que defende a prisão desse policial é ligeiramente inferior em relação aos que defendem a impunidade - 40%. Para 11%, ele deveria ser expulso da polícia, mas não preso.

A pesquisa também mostra que o medo de andar à noite nas ruas de São Paulo mais do que dobrou em cerca de três meses. Na última quinta-feira, 61% diziam se sentir muito inseguros com caminhadas noturnas no bairro onde moram. Em agosto, o índice era de 26%. Em 2008, era de 20%.
Apenas 11% dos paulistanos afirmam se sentir muito seguros ao andar à noite. Em 2012 e 2008, esse índice era o dobro do atual (19% e 21%, respectivamente).

A pesquisa mostra também que notícias de toques de recolher já foram ouvidas por 44% dos paulistanos. Na Zona Norte, esse índice chega a 54%.<

A fonte da onda de violência são as facções criminosas ou bandidos, segundo 34% dos paulistanos.

Para 17%, trata-se de um acerto de contas entre criminosos e polícia. Só 5% consideram que uma facção criminosa dirige os ataques.

O percentual é idêntico ao dos que dizem que os homicídios decorrem de vingança de criminosos por causa da morte de membros de facção criminosa.

Para 18%, foi o governo que motivou os ataques por desleixo ou falta de controle. Os mesmos 18% põem a culpa na falta de estrutura policial, baixos salários ou ausência de um planejamento estratégico por parte da polícia.

A corrupção policial em geral é apontada como o principal motivo dos ataques para 18% dos paulistanos.

gazetadopovo.com.br

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