quinta-feira, 12 de maio de 2011

MP pede arquivamento de inquérito contra Turnowski

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu o arquivamento do inquérito contra Allan Turnowski, ex-chefe de Polícia Civil. Ele é acusado de violar sigilo profissional durante a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira.

Foto: João Laet / Agência O Dia

Allan Turnowski deixou a chefia da Polícia Civil em fevereiro, após crise | Foto: João Laet / Agência O Dia

Turnowski foi indiciado no dia 17 de fevereiro deste ano por suspeita de ter vazado informações sobre a Operação Guilhotina, desencadeada em 11 de fevereiro, que resultou na prisão de cerca de 40 pessoas, incluindo policiais civis e militares.

No dia, ele prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal na zona portuária da capital fluminense. Se condenado, ele pode pegar até seis anos de prisão, além de multa.

O ex-chefe da Polícia Civil aparece em uma escuta telefônica conversando com um inspetor que estava sendo investigado na operação, e supostamente o teria alertado. Turnowski sempre negou a acusação, afirmando que não tinha conhecimento da operação. Mesmo assim, ele foi indiciado pela PF.

Segundo o MP, não há provas de que Turnowski tinha conhecimento da operação.

Crise

Allan Turnowski deixou a chefia da Polícia Civil no dia 15 de fevereiro. A saída do delegado foi definida em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições". Ainda segundo a Secretaria, Beltrame aproveitou o encontro para agradecer publicamente a dedicação e a fidelidade do delegado Turnowski durante sua gestão.

Um dia após determinar devassa na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos e Especiais (Draco-IE), o então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, apresentou documentos que, segundo ele, apontavam para indícios de irregularidades cometidas pelo delegado Cláudio Ferraz e policiais de sua equipe.

Durante a inspeção na especializada, agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil localizaram dois registros com a mesma numeração. Também foram recolhidas seis armas que estariam sem autos de apreensão.

Turnowski também apresentou carta anônima, que teria sido deixada na portaria de seu prédio, com acusações de corrupção envolvendo a Draco. As denúncias acirraram o clima de guerra na Polícia Civil, iniciada após a Operação Guilhotina.

Com informações do Terra

O DIA ONLINE

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