domingo, 8 de maio de 2011

Mapa para abastecer barato no Rio

Com base em dados da ANP, O DIA aponta onde gasolina, álcool e GNV estão mais em conta

POR MAX LEONE

Rio - Com preços dos combustíveis em alta, o motorista pode encontrar valores bastante diferenciados, até no mesmo bairro, tanto para para a gasolina como para o álcool. Com base no levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), feita na última semana de abril, O DIA mapeou os postos mais competitivos.

Pela pesquisa, a gasolina saía mais barata no posto Nota Dez, no Alto da Boa Vista (Ipiranga). O etanol tinha o melhor preço no posto Margalho (bandeira branca, não ligada a distribuidora), em São Cristóvão, custando R$ 2,290, o litro. Já para GNV, motoristas encontravam o metro cúbico a R$ 1,399, no posto Grifo 1 (branca), em Madureira.

Morador da Tijuca, o comerciante Claudio Passos costuma abastecer no posto Alto da Boa Vista, por ser, segundo ele, o mais em conta na região, mesmo quando acompanha concorrentes e reajusta preços. A gerência informou que observa sempre os outros postos. “Tem um outro cobrando abaixo de R$ 3 na Rua Uruguai, mas, fora esses dois, está tudo acima nas redondezas. É um absurdo a gasolina chegar a esse preço”, reclamou.

GASOLINA X ETANOL

Quem tem veículo flex deve avaliar qual combustível vale mais a pena. Só compensa abastecer com etanol se o preço do litro corresponder, no máximo, a 70% do valor do da gasolina. Para saber, basta dividir o custo do álcool pelo da gasolina. O resultado não pode passar de 0,7. Hércules Fernandes, que mora em Campo Grande e trabalha no Caju, faz sempre essa conta.

Outra forma de encontrar preços melhores é entrar diretamente no site www.anp.gov.br e consultar a pesquisa. Esta semana, a ANP divulgará novo levantamento com valores dos dias 1º a 7 de maio.

Localização pesa no preço final

O variação de preços entre bairros da cidade é explicada pelo presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis (Sindcomb). Segundo Manoel Fonseca, donos de estabelecimentos na Zona Sul e na Barra da Tijuca acabam pagando mais pela manutenção do ponto de venda. “Os custos são mais elevados nessas áreas. Não dá para comparar o IPTU, por exemplo, de imóveis na Zona Sul com os do subúrbio”, afirma.

Fonseca diz ainda que a concorrência maior faz os estoques acabarem mais rápido, levando o posto a comprar mais combustível. E na maioria das vezes o preço já vem reajustado. “Um posto que mantém estoque por mais tempo também pode manter mesmo preço por mais tempo”, comenta.

O empresário chama a atenção para locais que oferecem preços muito abaixo do mercado: “Diferença grande é sinal de que pode haver sonegação ou adulteração”. O golpe independe da marca do posto. No mercado, há os sem marca (bandeira branca), que são livres para negociar com vários fornecedores e, por isso, têm margem para oferecer preços mais competitivos. Os de bandeira só podem comprar de um fornecedor. Esses perdem margem, mas obtêm mais confiança dos motoristas.

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