domingo, 10 de outubro de 2010

Campeão de votos Wagner Montes abre o verbo sobre religião, mulheres e polêmicas

Caio Barbosa - Extra

Wagner Montes, o deputado estadual mais votado do Rio. Foto: Ivo Gonzalez

RIO - Wagner Montes, deputado estadual mais votado da história do Rio de Janeiro, com mais de meio milhão de eleitores, não é um fenômeno só das urnas. O polêmico e folclórico jornalista recebeu o Extra para um bate-papo exclusivo que demorou horas, já que, a todo momento, ele parava para cumprimentar vizinhos ricos e empregados humildes de seu luxuoso condomínio, onde é um verdadeiro astro. Neste papo, Wagner Montes abriu o coração e falou menos de política e mais do personagem que ele encarna como poucos: o de um brasileiro que deu certo. Veja na entrevista, a seguir ( em vídeo, assista a trechos do bate-papo )

De onde você é?

Sou de Caxias. Nasci no Rio Comprido porque não havia maternidade em Parada Angélica, lá na minha área, mas nasci em Caxias. Na campanha, pude matar as saudades da infância, fui ao campo do Osa, onde eu jogava bola, reencontrei amigos e até o inspetor da escola, o Bené. Foi o maior barato. Posso dizer que tive uma infância maravilhosa.

Mas você era de classe média? Qual a sua origem?

Sou de família humilde. Meu pai era comerciário, minha mãe era do lar. Tomava conta de mim e do meu irmão. Mais tarde, com 11 para 12 anos, fomos morar em Copacabana, num conjugado. Não era mole, não. Éramos eu, meus pais, meu irmão e meus avós. Seis num conjugadinho de Copacabana. Já imaginou? (risos). Ninguém podia espirrar para o outro não pegar gripe. A coisa era feia (risos).

O deputado e apresentador Wagner Montes. Foto: Marcelo Theobald/Extra

Quem é da Baixada costuma dizer que o cara pode sair da Baixada, mas a Baixada não sai do cara. Você carrega este espírito até hoje, né?

Carrego. A Baixada não sai de mim, e por isso que eu brigo muito pela Baixada, seja como deputado, seja como jornalista. Sempre tenho equipe na Baixada fazendo reportagens para melhorar a vida do povo de lá, vendo o que o povo precisa. Cobro dos prefeitos, mas sou imparcial. Oposição por oposição é burrice. Se o cara faz alguma coisa boa, eu elogio. Se não faz, pau nele.

Você passou muito perrengue na vida?

Eu? Eu era duro que nem um coco, chamava urubu de meu louro, testava bode de frente e dava milho a macaco. Teve uma época que eu vendia almoço para pagar a janta. E botava no jornal: vende-se mala por motivo de viagem. Já fui açougueiro, já vendi bala no açougue, trabalhei como garçom e tirava folga de discotecário na boate Zoom. Depois, fui vendedor de camisas Caravelle, lá de Nova Iguaçu. Pegava duas malas cheias de camisa, pegava um ônibus até a Praça Mauá, dali para a Saara e saía de loja em loja vendendo camisas Caravelle. Uma vez, o dono de uma loja falou para o meu pai: "Olha, ele vai ser artista. Ele é muito comunicativo". Mas naquela época meu pai achava que todo homem que queria ser artista era boiola. Nada contra os boiolas, cada um curte a sua. Mas naquela época se pensava assim: malandro era sambista, artista era boiola e mulher que fosse artista não prestava. Meu pai falou "de jeito nenhum", mas acabei virando artista. Foi uma época muito dura. Mas depois fiz faculdade, na Gama Filho.

De quê?

Direito. Graças a uma bolsa de estudo de um rapaz que gostava de mim, frequentava o mesmo grupo e era super humilde. Ele falava "faz prova para a Gama Filho", e eu respondia que não tinha como, porque trabalhava em dois períodos e não tinha como pagar a faculdade. Ele, então, disse: "Faz, que se você passar eu te dou uma bolsa". Eu não entendia qual era a do cara, mas fiz a prova, passei e cursei a faculdade graças a ele. Sabe quem é ele? O Deda. Sabe quem é Deda? O atual reitor da Gama Filho, professor Paulo César Gama Filho. E toda vez que eu encontro com o Deda agradeço a ele. Pouca gente sabe disso.

Uma característica marcante sua, até meio caricata e que você até brinca... (Wagner interrompe).

A minha perna! (risos). Eu fui o perneta que deu certo! (risos)

Conta para a gente como foi essa história...

Isso foi no dia 5 de novembro de 81. Eu passei por isso com muita tranquilidade, porque o que vale é o seu caráter, sua dignidade, a forma como você trata as pessoas. As pessoas valem por aquilo que são, não pelo que têm ou pelo cargo que ocupam. Eu estava estourando, saindo do nada, duro que nem um coco e começando a colocar a minha pipa no ar. Vim de São Paulo para o Rio, para cobrir o Caso Doca Street em Cabo Frio, e estava num triciclo, à noite, em Ipanema. Dei uma empinada, desci e o chão estava molhado. Quando entrei na Rua Maria Quitéria, eu catei o meio-fio e saí de lado. Era para bater o rosto ou a perna, aí eu preferi a perna, porque na época eu era bonitinho. Já fui flor do campo, agora sou tiririca do brejo. E perdi a metade da perna, mas dei a volta por cima e fui embora. Mas eu enfrento as dificuldades e sou temente a Deus, independentemente das religiões. Sou temente a Deus.

O deputado e apresentador Wagner Montes. Foto: Marcelo Theobald/Extra

E ser deficiente no Brasil é complicado?

Muito complicado. A acessibilidade é muito difícil. Neste próximo mandato vou me dedicar muito a isso. A minha contribuição à segurança pública tem sido boa, vai continuar sendo, mas vou apoiar muito esta causa. Quero estar ao lado da minha bancada nesta luta, e também junto com um menino, o Marcelo Freixo (PSOL), que graças a Deus foi reeleito, porque é uma pessoa sensacional, um menino corajoso, professor, que tem muita disposição e vou apoiá-lo na defesa dos direitos humanos para todos os humanos. Tenho aprendido muito com pessoas. Antigamente eu era muito radical, mas a gente vai vendo que as coisas são diferentes. Hoje, eu defendo a família do preso, vejo que não dá para colocar vinte num local que cabem cinco porque vai piorar a situação. Defendo os direitos dos policiais, mas sou mais abrangente. A convivência com pessoas inteligentes e com uma compreensão política maior do que a minha me fez aprender muitas coisas importantes.

Mas as pessoas não imaginam que o Wagner Montes aceite ideias de ninguém.

Podem me dar ideia à vontade. Faço palestras em universidades, sempre fica lotado e eu adoro falar. Dou meu email para o cara mandar sugestões, críticas porque sempre tive humildade em aceitá-las, desde que não seja só para avacalhar. Se alguém me criticar e eu achar que estiver errado, reconheço o erro na hora.

Este é o segredo para ter 500 mil votos?

Pois é. Vocês viram que toda hora vem gente aqui, para uma e salta do carro, outra grita escracha, porque eu sou assim, sou transparente. Eu cumprimento as pessoas, desde o vizinho à doméstica de Rio das Pedras, que vocês viram aqui. Outro dia, uma senhora me parou para dizer que a filha de 16 anos tirou o título para votar em mim. Isso emociona, mas aumenta a tua responsabilidade. Sei que estou incomodando muita gente. Gente considerada suprassumo pelos baba-ovos e puxa-sacos, que veem um cara ter uma votação dessa sem uma estrutura de campanha. Não teve carro rodando por aí. Tinha pouca coisa na Zona Oeste, na Leopoldina. Tinha algo em Niterói, São Gonçalo, Caxias, em dobradinhas com outros deputados, Miro, Zveiter. Sou pé-quente. Também, tenho um pé só. Se não for quente, estou ferrado (risos).

E o que é para você estar num partido fundado pelo Brizola, que tinha uma imagem muito diferente da sua, era um defensor da educação, dos direitos humanos...

É verdade, é verdade. Há muito tempo não via uma frase como a da Berenice Seara, do Extra. Uma coisa muito curta, mas muito grandiosa. Nunca mais (é interrrompido por uma eleitora e se emociona). Você vê como são as coisas. Vem uma eleitora, nem quer saber se você está gravando, vem abraça, beija, fala. Por isso que eu falei para um amigo meu noutro dia: "eu não mereço ser sacaneado". Eu não faço mal pra ninguém. E se eu fizer, foi involuntário. pode me procurar que eu vou dizer que errei. Mas voltando à frase: "PDT nasceu com Brizola e renasceu com Wagner Montes". Impressionante a força desta frase. E posso falar, porque eu só estive com a Berenice uma vez, e nem a conheço direito. Ela, inclusive, dá umas catucadas em mim, muito corretas. Eu sempre falo no PDT para eles me ensinarem a ser pedetistas, e de dois anos e meio para cá eu sou um defensor intransigente dos Cieps, não só pelo sistema de educação, mas pela ideia do Darcy e do Brizola, de possibilitar o pai e a mãe a trabalharem fora. Numa família com dois filhos, por exemplo, são três bocas a menos comendo em casa. A mãe pode trabalhar, pegar os filhos na escola, longe dos tentáculos da criminalidade. E no final de semana o Ciep viraria um clube social. Sem falar que as crianças recebem assistência médica, odontológica, voltam de banho tomado e barriguinha cheia, como diria o Brizola. À noite, teria curso profissionalizante e alfabetização de adultos. O atleta no Brasil não consegue se aprimorar por falta de espaço. O Ciep seria bom até para isso.

O deputado e apresentador Wagner Montes. Foto: Marcelo Theobald/Extra

Vamos voltar a falar um pouco do velho Wagner Montes. Muita mulher no currículo?

Já fui bom nisso. Na época do acidente, saiu uma revista com as mulheres do Wagner Montes, tinha duas misses Brasil, atrizes, mas a grande tacada foi a Sônia Lima. Eu estava em Campo Grande fazendo um show e tinha saído a Playboy da Sônia, que só fez para ajudar os pais a comprar a casa. Teve que explicar para o Silvio Santos e tudo. E quando saiu a revista, eu olhei e disse: "Meeeeeu Deus!". E eu trabalhava com a Sônia. Aliás, eu já tinha tentado namorar a Sônia, ninguém sabe disso. Antes de casar, ela era noiva e eu dava em cima dela direto. E ela, nada. Era serinha, não tinha papo. Quando terminou o noivado, eu fui dentro, né? (risos). Cheguei no papo e comecei a namorar, mas em dois meses ela me deu um pé na bunda. Disse que eu era galinha, que eu queria namorar todo mundo (risos).

E ela tinha razão?

Uma injúria, uma calúnia, quase a levei aos tribunais (risos). Claro que ela estava certa. Eu queria todo mundo mesmo. Imagina eu, vindo de Caxias, duro que nem um coco e indo parar na televisão, fazendo sucesso e com uma mulher linda que nem a Sônia Lima? Eu achava que era o cara e queria papar as outras também. Eu me achava o papa das galáxias!!! Mas depois, em 87, ela estava sozinha, acabamos namorando, noivamos e casamos em uma semana. Éramos amigos, confidentes. Foi fácil. Completamos 23 anos de casados, agora.

Mas ela também era assediada. Uma morenaça daquela, olhos verdes...

O quê?????? Ela sabia que era o seguinte... mas ela sempre foi muito tranquila, nunca tive preocupação. Dava o maior trabalho, mas eu não tinha medo dela, mas ficava preocupado com os caras, né? Do mesmo jeito que eu assediava, eles também assediavam. Mas eu falava: "Abre o olho, rapá!" Abre que é problema, vai dar feito no esqueleto. Mas o tempo foi passando, vieram os filhos, a vida em comum.

Mas foi muita gente?

Peguei muita gente mesmo. Mas só filé, hein!

Sem derrotas?

Tem derrotas também. Tinha uma moça, lá de Ipanema, que todo mundo queria pegar. Um dia ela falou pra sairmos nós dois. Fui pra casa, tomei um banho ajeitado, botei o perfume Vitesse, fiquei mais cheiroso que filho do barbeiro. Botei uma camisa mamãe sou forte, peito de pombo que nem galinho de briga, peguei o carro da minha mãe, e fui com ela. E disse "tu acertou em cheio". E ela: "Mas todo mundo me deseja". Eu: "Mas eu sou o melhor, é comigo mesmo, eu sou o cara. Faço chover, trovejar e relampejar". Mas naquela época a moda era cuba libre e gin tônica. E eu, que era fraco para bebida, tomei quatro gin tônica e três cuba libre, fiquei de porre e chamei ela: "aí, vambora para a nossa masmorra erótica". Fomos pro motel, liguei o chuveiro e eu, doidaço, deixei a água esquentar e dormi. Quando acordei, ela tinha escrito com o batom. Você é um tremendo cascateiro. Perdi a mulher. Derrota.

Ja brochou?

Já, já. Brochei umas seis vezes ou mais. Ou mais. Com a mesma pessoa, uma vez só. Mas já brochei. Se tiver com problema na cabeça, estressado, só com guincho da CET-Rio pra levantar, senão fica difícil (risos).

E fio terra? Tá na moda...

Paaaaaaaaaaara com isso. Não mexo com eletricidade. Não tenho nada contra, cada um tem seu fetiche, sua maneira, mas fio terra não é comigo. Minha conta vai até o 69, não passa pro setenta de jeito nenhum.

Está rico?

Ganho muito, graças a Deus. Muito mais do que preciso, mas menos do que mereço. Mas tenho um dos maiores salários da televisão, a Record sempre me valorizou, mas eu sempre trabalhei certinho, por isso fiquei 17 anos SBT, depois CNT e Record.

E sua relação com Deus e religião?

Na minha opinião, a religião atrapalha a fé. Acho que Deus é o ser maior, Deus é o caminho, a verdade, a vida. Deus é tudo. Se você tem fé em Deus, você descansa em Deus. Quando as portas se fecham, você acha que está tudo fechado, Deus sempre aparece porque Deus é um Deus doador. Deus não é cobrador. Na época do acidente, nunca me fiz de tadinho. O Marcos Imperial chegou no quarto do hospital para tirar um foto e disse para eu tapar a perna. Eu disse que não, fotografa porque eu sou assim daqui para a frente. Quem quiser gostar de mim, term que gostar assim. Mas as pessoas falam "você acredita tanto em Deus, porque acontece essas coisas?" Deus só permite que aconteça como se fosse o caminhão que passa na lombada para ajeitar a carga. Às vezes, ele quer dizer "várias vezes eu te avisei pra você cuidar de você, respeitar seu pai, sua mãe". Deus cura, mas de várias formas, até através dos médicos. Este é meu Deus, um Deus vivo dentro de mim.

O deputado e apresentador Wagner Montes. Foto: Marcelo Theobald/Extra

Política

Quando alguém poderia imaginar que eu e Alessandro Molon nos tornássemos amigos, eu e o Marcelo Freixo? Uma coisa que o Marcelo me falou, ele não vai ficar chateado. A filha dele, Isadora, me fez parar de fumar. E ela tem 12 anos. Ela chegava na Assembléia e tomava o cigarro de mim. O Marcelo falou que na urna, ela perguntou porque não se votava em dois deputados, porque queria votar nele e em mim. Quando ele me contou isso, as lágrimas caíram. Hoje trabalhamos em conjunto, votamos em conjunto, CPI das Milícias. Ele é um exemplo de dignidade e honradez, mesmo sendo adversário.

Aborto

Sou a favor da lei, da vida. Que sejam feitos os permitidos em lei (caso de estupro e risco de morte da mãe).

Pena de morte

Já fui a favor, inspirado no Amaral Neto, mas certamente a pena de morte atingiria só o PPP (preto, pobre e prostituta). Nos Estados Unidos, rico e branco não morrem. Sou a favor de se abrir os horizontes, de dar dignidade às pessoas. Pena de morte não vai resolver. Prisão perpétua para crimes hediondos eu sou a favor, inclusive para os do colarinho branco.

Maioridade penal

O Brasil quer chegar ao primeiro mundo. Lá o jovem mata 5, 6 e vai preso, mas lá a cadeia, que é uma privação da liberdade, te dá dignidade. As celas são limpas, as pessoas são tratadas como seres humanos. O sistema aqui é muito ruim, não recupera ninguém. É o país da hipocrisia. Do mesmo jeito que os políticos acham que o jovem pode votar e mudar os destinos da nação, se ele tem responsabilidade para isso, ele pode ter responsabilidade contra os crimes que cometeu, mas os contra a vida, que fique claro.

Drogas

É complicado. Sou contra. O pessoal só fuma porque é mais dificil? Não. Os jovens estão usando viagra pra não fazer feio. Acho que a legalização de drogas no Brasil, ainda não. Ainda. Pode ser que no futuro... Fui a favor da pena de morte, hoje sou contra. Não adianta liberar as drogas se não há sistema de saúde para defender o dependente químico. Tem que pensar nisso tudo.

Milícia

Nunca fui a favor. Achava, a exemplo de todos, como todo mundo, que a milícia poderia ajudar a polícia. Grupo de policiais, bombeiros que moravam em determinada região expulsariam os traficantes. No filme "Tropa de Elite 2", tem um "no começo o Bope achava que a mílicia seria aliada". E não. Quando eles começaram a cobrar taxas da população, eu me revoltei. Aí, é pau direto. Vamos continuar combatendo. No começo, todos achavam que era legal. Mas quando eles viraram o jogo, o povo virou também. Agora, a milícia tem que ser combatida, mas assim que sair a milícia tem que entrar o estado, senão o tráfico volta. Saiu a milícia, entra a polícia, a mão forte do estado. Mas tem que ter policiais suficientes para isso.

Poliçada

Defendo o bom policial, meto o pau no mau policial, e quando escracho o mau policial estou defendendo o bom policial. Não acho justo uma corporação de 38 mil homens, se 7.600 tiverem desvio de conduta são 20%. É justo que 80% que tem mulher, filho, mãe, serem achincalhados por causa de 20%? Não é justo. Existem maus médicos, advogados, jornalistas, existem maus profissionais em todas as profissões. O que não podemos é generalizar. Temos que extirpar as células ruins.

Futebol

Não dá nem para jogar. Sou perneta. Mas sou botafoguense. Dá só para apitar, mesmo assim se não for para correr muito. Mas morei 18 anos em São Paulo e lá eu sou Corinthians.

Comida

Lombo (risos). Do jeito que vier. Com limão, assado, cozido. Não gosto de jiló, mas se tiver que comer, eu como. Como qualquer coisa, se tiver necessidade.

Sonho

Um programa que eu gostaria de ter era à noite, para falar mais uma porção de coisas que eu gostaria. Para falar mais à vontade, soltar mais o bicho, pudesse falar que o cara é um... enfim, muitas coisas.

Ser prefeito

Não sou hipócrita. O cara que joga no Flamengo tem o sonho de ser convocado para a seleção brasileira, mas para chegar lá tem que estar muito bem preparado. Eu graças a Deus estou bem preparado fisicamente, mas tenho um mandato a cumprir. Ainda há muita coisa a fazer.

Extra Online

Nenhum comentário: