quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Trepidação na área de desabamento causa pânico em prédio do Centro

Moradores deixaram edifício da Avenida Almirante Barroso as pressas. Defesa Civil informou que escoramento de prédio vizinho causou tremor

POR 
Bruno Guedes e Mariana Moura

Rio -  Uma semana após o desabamento de três prédios na Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio, tremores na região do desastre deixaram em pânico moradores do edifício localizado na Avenida Almirante Barroso, número 22. A Defesa Civil informou que a causa das trepidações é o trabalho de escoramento do edifício Capital, no número 6 da mesma avenida.

Local da tragédia | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Local da tragédia | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Diversos relatos nas redes sociais davam conta que o prédio da Almirante Barroso teria sido evacuado após a ocorrência dessas trepidações. Segundo a Defesa Civil, em nenhum momento foi ordenado que as pessoas saíssem do prédio. O que aconteceu, segundo o órgão, foi um corre-corre causado pelo temor de quem estava no edifício.

A Defesa Civil Municipal foi até o local, fez uma vistoria e verificou que não há qualquer risco de desabamento.

A Prefeitura informou que, entre 18h e 20h, os proprietários e inquilinos do prédio Capital, poderão acessar os seus imóveis a fim de retirarem documentos e pertences. Apenas os imóveis da coluna 1, entre o quinto e nono andar, continuarão com a entrada proibida por conta do trabalho de retirada de partes de concreto e escombros remanescentes do desabamento. Para este grupo, a entrada será permitida neste próximo domingo, a partir das 14h, com acompanhamento de agentes da Defesa Civil Municipal.

Buscas continuam

Aproximadamente 70 bombeiros continuam com os trabalhos de busca pelos desaparecidos, após o desabamento de três prédios na última quarta-feira, no Centro do Rio de Janeiro. Uma equipe de 20 homens está no local do desmoronamento, fazendo buscas em um duto de ventilação, uma das últimas áreas que não foram completamente vasculhadas.

Já no depósito da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), localizado na Rodovia Rio-Petrópolis, para onde foram levados os entulhos recolhidos do local do desabamento, a busca está sendo feita por um grupo de cerca de 50 homens. Até esta terça-feira, dez pedaços de corpos haviam sido encontradas no depósito.

A prefeitura do Rio de Janeiro também informou que sete funcionários da concessionária Porto Novo foram afastados por suspeita de envolvimento com o furto de pertences nos entulhos do desabamento. Quatro empregados da concessionária já haviam sido demitidos.

Isso porque, logo quando os entulhos começaram a ser retirados do local do desabamento, eles foram encaminhados ao Píer Mauá, área administrada pela Porto Novo. Só depois, os entulhos foram levados para o depósito da prefeitura do Rio, na Rio-Petrópolis.

O Dia Online

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